D.João Lavrador é o novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura Bens Culturais e Comunicação Social
O bispo de Angra, que foi eleito esta semana presidente da Comissão Episcopal de Cultura, Bens Culturais e Comunicação Social, afirmou ao Igreja Açores que esta escolha se deve ao reconhecimento pelo “trabalho pioneiro” da igreja açoriana nos domínios da cultura e da comunicação social.
D. João Lavrador considera que os Açores “foram pioneiros” na cultura moderna em Portugal e o trabalho que a igreja tem desenvolvido em termos de comunicação social, “seja internamente seja na relação com os outros órgãos de informação, certamente pesaram nesta escolha”.
“Com uma enorme simplicidade e humildade julgo que olharam mais para a diocese do que propriamente para mim”, precisou o prelado que desde a primeira hora sempre afirmou que a igreja, em Portugal, teria de olhar para a igreja insular com outra atitude.
“Se calhar levaram isto muito a sério e acabaram por me escolher”, disse ainda lembrando que qualquer um dos sectores que irá tutelar na Conferência Episcopal Portuguesa “é muito exigente mas também muito desafiador”.
O bispo de Angra vai coordenar três secretariados nacionais- Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais- sectores que acompanha há mais de uma década e por isso a primeira prioridade “é garantir a continuidade do excelente trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”.
Entre os dirigentes dos secretariados estão dois leigos – Sandra Saldanha, nos Bens Culturais e Seabra Pereira, na Cultura- e um clérigo- Pe. Américo Aguiar nas Comunicações Sociais e, neste sector, está eleito o principal desafio.
“Está em cima da mesa um sentido de projecto comum, para que a igreja em Portugal encontre uma plataforma, um projecto que abarque todas as dioceses e seja uma forma de viver a comunicação social dentro e fora da igreja mais adequado aos tempos modernos” refere o bispo de Angra lembrando que este projecto comum será porventura “o maior desafio em termos de comunicação social”.
D. João Lavrador, presidente eleito para a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, afirmou que “é urgente” elaborar um “projeto para a comunicação social da Igreja Católica em Portugal” que seja assumido “por todos”.
“Sem este projeto, sem ser assumido por todos os bispos de todas as dioceses, teremos dificuldade em responder às necessidades que temos na comunicação social, como também nos outros âmbitos, da cultura e dos bens culturais”, sublinhou o novo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Socais.
O prelado diocesano disse ainda que pediu aos bispos que trabalharam nesta comissão no último triénio para continuarem, uma vez que existe “uma certa experiência de trabalho em comum”.
No mandato anterior, integravam a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais o bispo de Vila Real, D. Amândio Tomás, D. Nuno Brás, o bispo auxiliar de Lisboa, e o bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves, que presidiu à comissão durante dois mandatos.