Semanário é “útil” à igreja, diz D. António de Sousa Braga
O Bispo de Angra disse este domingo que o jornal vila-franquense A Crença é “de grande utilidade e ajuda para toda a diocese” e por isso “conviria que tivesse mais colaboradores que trouxessem para o jornal a vida real da diocese”.
Na Eucaristia de ação de graças pelo centenário do jornal, na Igreja Matriz de Vila Franca, uma das duas igrejas jubilares deste ano Santo da Misericórdia na ouvidoria de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, D. António de Sousa Braga explicou que a diocese “se viu forçada” a encerrar os jornais de papel e apostar na internet, mas “a realidade objetiva de composição da população ainda exigiria o apoio de publicações em papel”.
“Neste momento só A Crença é que poderia colmatar esta lacuna e prestar este serviço, pelo menos, à ilha de São Miguel, que tem mais de metade da população de toda a diocese”, disse o prelado.
D.António de Sousa Braga referiu-se ao “dinamismo” criado por este centenário, “uma proeza digna de ser registada” e “aproveitada” por toda a ilha “ e até a diocese”.
O Bispo de Angra referiu-se, ainda, à importância da comunicação social na difusão da fé.
“O nosso bispo coadjutor fala sempre da fé inculturada. Para comunicar e viver a fé, é preciso ter presente a cultura de hoje, encerrar-se na realidade atual, exprimir-se dentro do quadro cultural atual, dar respostas de fé à realidade que nos marca e circunda”, concluiu o Bispo de Angra, numa homilia que começou por fazer uma leitura do Evangelho deste IV domingo do Advento.
Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.
O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré, que veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos escravos uma proposta de vida e de liberdade, num mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade.
Este é um anúncio de alegria e de salvação, perante a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus e que exige de nós um “sim total” como o de Nossa Senhora, ressalvou de resto o prelado diocesano, no inicio da sua homília.
D.António de Sousa Braga abriu a Porta da Misericórdia da Matriz de Vila Franca e regressando à temática deste ano santo insistiu no pedido aos cristãos para serem misericordiosos como o pai.
“Não há misericórdia se não vamos ao encontro dos outros” disse o Bispo de Angra lembrando que é preciso que cada um consiga realizar essa misericórdia em obras concretas.