Bens Culturais da Igreja incorporam mensagem cristã e valor artístico

Entrevista a Rute Gregório, diretora do Serviço Diocesano dos Bens Culturais (Com áudio)

O Serviço diocesano dos Bens Culturais vai organizar em 2020 umas jornadas internacionais bem como editar um catálogo de divulgação das peças inventariadas e estudadas no âmbito do projecto de investigação que decorre numa parceria entre a Diocese e o Centro de História de Além Mar, um centro de investigação da Universidade dos Açores e da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa.

O anuncio foi feito no programa de Rádio Igreja Açores, que pode ouvir aqui, pela diretora diocesana dos Bens Culturais Rute Gregório.

“Neste momento já estamos no terreno a fazer inventários e no próximo ano contamos já ter algumas novidades” referiu Rute Gregório que saúda a articulação entre as instâncias diocesanas e a academia insular para que um trabalho que já tinha sido iniciado há algum tempo possa, agora, prosseguir com meios humanos e financeiros.

“Há muitas paróquias que precisam de um trabalho mais exaustivo e há peças que já são reconhecidas como referência das nossas igrejas, mas há outras que ou por terem deixado de estar ao culto ou porque caíram no esquecimento precisam ser `recuperadas`” refere dando o exemplo de uma escultura de Santa Maria Madalena, “despojada e deitada”, que encontrou numa ermida em Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel.

No dia em que a Igreja Celebra o Dia dos Bens Culturais, Rute Gregório lembra que “é muito importante assinalarmos o Dia dos Bens Culturais porque se trata de uma forma de sensibilizarmos toda a comunidade para a importância destes objetos que parecem ser só isso, mas que na verdade encarnam toda a mensagem e toda a verdade da nossa fé”.

“Muitos deles são símbolos cuja leitura se perdeu ao longo dos tempos;  por isso chamarmos a atenção para a importância destes bens que são valiosos, quer do ponto de vista da mensagem cristã quer do ponto de vista artístico, é decisivo para a sua vida futura”.

“Quando a comunidade conhece, sente-se mais envolvida e protege-os melhor” sublinha, ainda,  destacando que “estamos a falar de uma história de fé, com muitos séculos mas também de uma história do investimento que as pessoas faziam na demonstração desta fé e que faziam de forma bela, simbólica e rica”.

O que “procuramos sempre” alerta é que “o conhecimento destas peças se traduza numa melhor proteção das mesmas”.

Entrevista completa em https://www.igrejaacores.pt/bens-culturais-da-igreja/)

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