Ouvidores destacam papel do Papa na abertura da igreja ao mundo.
O Vigário Episcopal para São Miguel, que viveu de perto o momento pós Concílio Vaticano II, destacou esta manhã, em declarações ao Portal da Diocese, à margem dos trabalhos do 39º Conselho Presbiteral, que está a decorrer em Angra do Heroísmo, a importância da beatificação do Papa Paulo VI, anunciada esta quarta feira pela página on line do Vaticano.
“Foi um grande papa, que segui de perto durante a minha formação, e que teve como grande preocupação a aplicação do concilio com dificuldades e barreiras muito significativas” quer do ponto de vista pessoal quer dentro da própria igreja, disse o Pe Cipriano Pacheco.
Também o ouvidor de Ponta Delgada destaca o papel de Paulo VI na criação de uma igreja mais aberta.
“Paulo VI desenvolveu e conduziu a igreja no mundo moderno. Foi ele que orientou a igreja moderna quer através da sua coragem quer da capacidade de sofrimento. É fantástico para toda a igreja esta beatificação”, diz o Pe José Constância.
Já o Ouvidor de Vila Franca sublinha o simbolismo desta beatificação, depois da canonização de João XXIII e de João Paulo II, como um “sinal” de que o caminho conciliar continua em aberto.
“É uma maneira muito interessante de fazer a igreja regressar aos tempos conciliares e que se perderam nos últimos pontificados. É uma decisão que se inscreve na reposição de justiça e reconhecimento da importância do concilio, sobre o qual se fala muito do ponto de vista teórico mas se aplica pouco”, lembra o Pe Cassiano.
Por isso, conclui o sacerdote de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, o Papa Francisco “tem tido o condão” de “recentrar a questão conciliar” e isso “é muito importante” para que “tenhamos uma igreja menos ritualizada e mais atenta ao que o povo precisa”.
Recordo que Paulo VI pode ser beatificado em Outubro deste ano, segundo anunciou hoje o portal on line das noticias do Vaticano.