Francisco recorda também guerra civil que persiste no Sudão
O Papa apelou hoje ao fim do conflito armado que atinge as populações de Israel e à Palestina, defendendo que é tempo de calar as armas e respeitar o direito de todos os povos à paz.
“Basta, basta irmãos, basta! Que se socorram imediatamente os feridos em Gaza, que se protejam os civis, se façam chegar muito mais ajudas humanitárias para a população esgotada”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
“Que se libertem os reféns, entre os quais há muitos idosos e crianças”, acrescentou Francisco.
Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa começou por afirmar que “todos os dias” tem no seu pensamento a “gravíssima situação em Israel e Palestina”, mostrando-se próximas destas populações.
“Abraço-os neste momento escuro e rezo muito por eles. Que as armas se calem – nunca trarão a paz – e que o conflito não se alargue”, pediu.
“Qualquer ser humano, seja cristão, judeu ou muçulmano, de qualquer povo ou religião, cada ser humano é sagrado, é precioso aos olhos de Deus, tem direito a viver em paz”.
O Papa pediu orações para manter a “esperança” na paz e que todos trabalhem “sem cessar para que o sentido de humanidade prevaleça sobre a dureza dos corações”.
A escalada de violência surgiu depois de uma série de ataques terroristas do Hamas, a 7 de outubro, contra território israelita, que provocaram cerca de 1200 mortos, feridos e mais de 200 desparecidos.
A retaliação israelita na Faixa de Gaza provocou mais de 11 mil mortos, cerca de 2500 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.
O Papa recordou ainda, no Vaticano, a guerra civil que, há vários meses, se vive no Sudão, “que não parece parar, provocando numerosas vítimas, milhões de deslocados internos, refugiados nos países limítrofes e uma gravíssima situação humanitária”.
“Estou próximo do sofrimento das queridas populações do Sudão e dirijo um forte apelo aos responsáveis locais, para que favoreçam o acesso das ajudas humanitárias e, com o contributo da comunidade internacional, trabalhem em busca de soluções pacíficas. Não nos esqueçamos destes nossos irmãos, que vivem uma provação”, apelou.
Francisco saudou um grupo de peregrinos da Ucrânia, que se faziam acompanhar por bandeiras do seu país.
“Rezo convosco, pela paz no vosso martirizado país. Irmãos e irmãs, não nos esqueçamos da martirizada Ucrânia, não a esqueçamos”, concluiu.
(Com Ecclesia)