“Será que eu também sou assim, livre, diante de Deus?”, questionou Francisco
O Papa desafiou hoje a sociedade a “uma vida livre do engano das idolatrias, que tanto poder têm sobre o Homem” e apontou mesmo para a necessidade de um “transplante” para um “coração novo”.
Na habitual audiência pública de quarta-feira, que teve lugar na Sala Paulo VI, Francisco alertou que “buscar a realização pessoal nos ídolos deste mundo é algo que esvazia, que escraviza o ser humano”, e convidou cada pessoa a buscar a “libertação”, a partir de uma relação “autêntica” e “generosa” com Deus e com os outros.
“Como acontece este transplante, de um coração velho para um coração novo? Através do dom de novos desejos, atentos à Palavra, desejos novos que são semeados em nós através da graça de Deus, de modo particular através dos 10 mandamentos, e que foram concretizados por Jesus”, salientou.
O Papa argentino retomou a reflexão sobre os 10 mandamentos que tem dominado as suas catequeses, nas últimas semanas, para realçar que “o decálogo é a radiografia de Cristo”, que “não veio para abolir a lei, mas para a realizar, para a fazer crescer”.
Com Jesus, “a negatividade contida nos mandamentos – não roubar, não insultar, não matar – transforma-se em atitude positiva – amar, colocar os outros no meu coração – em desejos que semeiam positividade”.
“Com Cristo, e apenas a partir dele, o decálogo deixa de ser uma condenação e torna-se na verdade autêntica da vida humana, isto é, em desejo de amor”, frisou Francisco.
O Papa refletia sobre a importância de “uma existência livre, grata, autêntica”, marcada pela “alegria de sermos amados e de amar”, quando uma criança, um rapaz, subiu ao palanque da Sala Paulo VI e começou a brincar e a saltar à sua frente.
(Com Ecclesia)