Organização católica aponta para perda de 330 toneladas de bens de primeira necessidade
Um ataque russo contra um armazém de ajuda humanitária da ‘Caritas-Spes’ Ucrânia destruiu, na última madrugada, cerca de 330 toneladas de bens de primeira necessidade, informou hoje a organização católica.
“As tropas russas atacaram uma zona industrial em Lviv, onde estava localizado o armazém de ajuda humanitária da Caritas-Spes Ucrânia. Todos os colaboradores da equipa da Cáritas saíram ilesos, mas o armazém com todo o seu interior foi totalmente queimado”, indica uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A organização católica está ainda a calcular o total das perdas, mas adianta que foram destruídas “33 paletes de embalagens de alimentos, 10 paletes de kits de higiene e alimentos enlatados, 10 paletes de roupas e diversos geradores e outros equipamentos”.
“A ajuda humanitária agora destruída estava destinada ao apoio de cerca de 660 famílias”, acrescenta o comunicado, divulgado pela Cáritas Portuguesa.
Para o secretário-geral da confederação internacional da Cáritas, Alistair Dutton, este ataque russo é “ultraje e uma violação flagrante do direito internacional humanitário”.
“O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) e os meios de comunicação informaram que os armazéns humanitários são cada vez mais alvos das forças russas”, observa a ‘Caritas Internationalis’.
Vários dos bens destruídos tinham acabado de chegar da Polónia.
“A Cáritas utilizava este armazém há um ano e meio. A partir deste local, a ajuda humanitária era transportada até ao leste da Ucrânia, para os necessitados. Tudo foi destruído. Damos graças a Deus porque não há vítimas entre os funcionários ou seguranças”, refere D. Eduard Kava, bispo auxiliar de Lviv.
A rede Cáritas em Portugal, reunida em Aveiro para a sua quinta semana de formação – atividade que marca o arranque de um novo de trabalho – mostra-se “profundamente chocada com este ataque” e adianta que vai reforçar o seu apoio à população na Ucrânia com um apoio adicional de 20 mil euros.
“Mais uma vez temos de mostrar não apenas a nossa solidariedade, mas sobretudo a nossa mais profunda união para com aqueles que sofrem de forma injusta com esta guerra”, indica Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa.
(Com Ecclesia)