Por Monsenhor José Medeiros Constância
Com cinquenta e cinco anos de post-concílio em caminhada diocesana, regida há vinte e seis anos por um Plano de Pastoral que se desdobrou em programas e orientações pastorais, com um ano de Caminhada Sinodal; vamos realizar, querendo Deus, de 2 a 5 de Outubro próximo uma Assembleia Diocesana, numa reunião conjunta do Conselho Presbiteral e do Conselho Pastoral Diocesano nunca celebrada até hoje.
Antes de mais, esta Assembleia no início do segundo ano da Caminhada Sinodal Diocesana, celebra a realidade da Igreja que está nos Açores há quase quatrocentos e oitenta e seis anos e que agora vive a recta final nos catorze anos que faltam para a celebração dos 500 anos da criação da Diocese, com aquilo que será antes o acontecimento do Sínodo Diocesano.
Esta Assembleia Pastoral que se realiza nos Açores em contexto de Pandemia, celebra a certeza de que somos Igreja que peregrina por entre as consolações de Deus, as dificuldades e oposições do mundo neste arquipélago situado no meio do atlântico.
Presbíteros com as mais diversas funções de serviço nas nove ilhas, delegados dos religiosos e religiosas, leigos representantes de todas as ouvidorias, serviços pastorais e movimentos, elementos designados e com certeza algum perito convidado, nesta Assembleia dirão o que é a realidade no rosto açoriano da nossa Igreja.
Invoquemos o Espírito Santo, para que esta reunião seja única e original no seu estudo, oração e discernimento comunitário e sinodal.
Celebra-se pois, a comunhão na diversidade diocesana. Na comunhão diocesana procurar-se-á decidir o futuro da nossa Caminhada Sinodal, sobretudo naquilo que será o ano pastoral de 2020/2021.
Mas uma assembleia assim, deve ser de forte discernimento comunitário dentro do princípio da Igreja antiga: «o que diz respeito a todos deve ser decidido por todos». Daqui, a importância do diálogo aberto, do debate lúcido e das decisões em que o consultivo de mãos dadas com o deliberativo faz o nosso caminho futuro em pastoral aplicada.
Oxalá que as restrições sanitárias não obstaculizem a presença de todos os conselheiros e conselheiras na referida reunião, e que refletindo o essencial todos se pronunciem em espírito de liberdade e de comunhão para bem do Reino, ao serviço do qual está a nossa Igreja nestas ilhas.
Assim havemos de caminhar para o Sínodo Diocesano, a realizar em data a apontar nesta década de 2020, esperando que seja um Sínodo evolucionário e mesmo revolucionário. Sobre este ponto, farei mais um artigo desta série que será o último.
*Monsenhor José Medeiros Constância é o assistente diocesano da pastoral da Familia há 8 anos. Este é o quarto de cinco artigos sobre este assunto