Obras vão estar em permanência na Catedral de Angra a partir da próxima sexta feira santa, dia 18 de Abril.
14 artistas açorianos foram desafiados pelo Serviço Diocesano da Pastoral da Cultura para pintar as 14 estações da via sacra, sendo entregue a cada um deles uma estação que interpretaram e representaram de acordo com a sua própria linguagem artística, apurou o Portal da Diocese esta segunda feira.
Urbano, Carlos Carreiro, Paula Mota, Nina Medeiros, Víctor Almeida, Luís Brilhante, André Laranjinha, João Decq Mota, André Almeida e Sousa, Luísa Jacinto, José Nuno, Rui Melo e Diogo Blota são os artistas plásticos a quem coube a tarefa de concretizar este projeto.
“O nosso objetivo foi envolve-los nesta temática da religião e da fé e motivá-los a seguirem os passos de Nosso Senhor a partir de um olhar contemporâneo”, disse ao Portal da Diocese o responsável diocesano pela Pastoral da Cultura, Pe Duarte Melo.
As obras ficarão em exposição permanente na Catedral de Angra que assim obtém as primeiras telas com a recriação da via sacra, que não estava reproduzida na Sé.
“Trata-se de um conjunto de artistas diferentes, com gramáticas próprias, uns mais conhecidos que outros, mas que, no essencial, correspondem áquilo que pretendemos que é, em cada moimento, conseguirmos ver as questões da religião à luz de cada tempo”, adiantou ainda Duarte Melo.
Depois de aceite o desafio, cada artista recebeu uma das estações da via sacra, estudou-a, fez pesquisa, interiorizou a mensagem e reconstruiu-a de acordo “com a sua própria linguagem”.
Os trabalhos estão “praticamente concluídos e narram de forma original os vários momentos” do último percurso de jesus Cristo na Terra.
A inauguração da exposição está agendada para sexta feira santa.
Neste momento, está a ser desenvolvido um catálogo com as obras e os textos bíblicos que lhes serviram de suporte, bem como alguns textos explicativos, conforme adiantou ao Portal da Diocese o responsável pelo projeto.
A via sacra é o caminho percorrido por Jesus Cristo desde o momento em que é condenado (1ª estação) até ao momento em que é sepultado (14ª estação), sem esquecer por ordem sequencial o momento em que toma a cruz nos ombros, em que cai pela primeira vez, encontra a sua mãe, Simão Cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz, Verónica enxuga o rosto de Jesus Cristo, Jesus cai pela segunda vez, Jesus consola as mulheres de Jerusalém, Jesus cai pela terceira vez, Jesus é despojado das suas vestes, Jesus é pregado na Cruz, Jesus morre na cruz e Jesus é descido da Cruz.
Esta iniciativa desenvolvida pela Pastoral da Cultura insere-se no âmbito das “conversas” sobre a Bíblia na literatura e nas artes