D. Américo Aguiar e D. Armando Esteves Domingues recolheram a bandeira da JMJ na Ponta da Fajã Grande e desafiam os jovens a serem “empreendedores de sonhos”
Arrear a bandeira da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa não significa “o encerramento mas o começo de um tempo novo”, disse esta tarde o nomeado cardeal D. Américo Aguiar, na ponta da Fajã Grande, na ilha das Flores, o lugar mais ocidental da Europa.
“Cumprimos a promessa feita a 21 de setembro de 2021 quando cá estivemos, procurando vir ao encontro de todos” disse o recém nomeado bispo de Setúbal sublinhando que, com este gesto, “não queremos terminar nada, queremos é iniciar um tempo novo”.
“Seria muito triste querermos encerrar a Jornada num álbum de fotografias ou numa nuvem da memória do telefone; pelo contrário queremos inaugurar hoje um tempo novo para concretizar aqueles que são os desafios da diocese de Angra e de toda a Igreja” afirmou D. Américo Aguiar que, citando o papa Francisco, voltou a pedir aos jovens presentes para serem “empreendedores de sonhos”.
“A semente que foi plantada na JMJ deve agora germinar. A jornada foi uma ocasião de evangelização, anuncio de Cristo Vivo; agora as conversões acontecem no coração de cada um. Apressemo-nos a ser empreendedores de sonhos. Vamos lá sonhar e concretizar esses sonhos” disse ainda o prelado lembrando os migrantes e todos aqueles que “por causa do fechamento do nosso coração continuam a não conseguir concretizar os seus sonhos”.
“A JMJ pretende inaugurar um tempo dedicado a todos, todos, todos, porque todos têm direito a sonhar e a concretizar esses sonhos e nós temos o dever de fazer tudo o que está ao nosso alcance para que isso aconteça”, disse ainda.
“Quero agradecer o apoio e o trabalho de cada jovem e de cada padre porque foi disso que dependeu o sucesso da jornada” concluiu desafiando os jovens açorianos a “começarem a fazer mealheiro” para o encontro de Roma, em 2025 e para a próxima Jornada Mundial em Seul, em 2027.
D. Américo Aguiar esteve esta tarde presente no adeus à bandeira da JMJ Lisboa 2023 na Ilha das Flores, concelebrando depois com o bispo de Angra na Igreja de Nossa Senhora do Carmo com os cerca de 35 jovens florentinos que estiveram em Lisboa na JMJ, escuteiros e jovens da catequese.
Para o padre Jorge Sousa, responsável pela pastoral juvenil na ilha tratou-se de um momento simbólico.
“Aqui começa a Europa ocidental e não deixa de ser significativo este momento. Será mais um momento histórico na vivência da jornada e protagonizado nos Açores”, desenvolveu o sacerdote.
A JMJ Lisboa 2023 decorreu de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa Francisco, no Parque Tejo.