Ano Santo abre nos Açores com 23 igrejas jubilares

Entre elas está a Catedral, em Angra, cuja Porta Santa será aberta hoje pelas 18h00

A abertura da Porta Santa na Sé pelos Bispos de Angra, D. António de Sousa Braga e Coadjutor de Angra, D. João Lavrador, este domingo dia 13, pelas 18h00, marca o arranque do Ano Santo da Misericórdia nesta diocese insular que vai contar com 23 igrejas jubilares.

Para além da Igreja Catedral que será, para a Diocese, a igreja jubilar por excelência, também são designadas como igrejas jubilares os cinco Santuários Diocesanos: Santo Cristo em Ponta Delgada, Bom Jesus no Pico, Nª. Sª. da Conceição em Angra, Santo Cristo da Caldeira em S. Jorge e Nª. Sª. dos Milagres da Serreta na Terceira, e ainda outras igrejas especialmente significativas em cada ilha e ouvidoria.

Assim, serão meta da «peregrinação sagrada», segundo o espírito jubilar, para além das já enunciadas, as seguintes igrejas em cada ilha:Santa Maria: Igreja de Nª Sª. da Assunção de Vila do Porto; Na ilha de São Miguel, onde existem 8 ouvidorias, destaca-se na Ribeira Grande a Igreja de Nª. Sª. da Estrela; nos Fenais da Ajuda a Igreja de Nª. Sª. do Rosário da Lomba da Maia; no Nordeste a Igreja de São Jorge, na Povoação a Igreja de Nª. Sª. Mãe de Deus; em Vila Franca do Campo a Igreja de S. Miguel e Ermida de Nª. Sª. da Paz; na Lagoa Igreja de Nª. Sª. da Misericórdia;  nas Capelas a Igreja de Nª. Sª. da Apresentação das Capelas; em Ponta Delgada a Igreja de Nª. Sª. de Fátima do Lajedo; na Terceira a Igreja de Santa Cruz da Praia da Vitória; na Graciosa a Igreja de Santa Cruz; em São Jorge a Igreja de Santa Catarina na Calheta; no Pico a Igreja de São Mateus; no Faial a Igreja do Santíssimo Salvador na Horta; nas Flores a Igreja de Nª. Sª. da Conceição de Santa Cruz e no Corvo a Igreja de Nª. Sª. dos Milagres.

Todas estas igrejas abrem as suas portas Santas este domingo.

No caso da Catedral, a Porta Santa será uma das portas laterais que não é aberta desde o ano 2000 e ao longo deste ano serão desenvolvidas várias atividades com vista a celebrar este ano santo extraordinário, na linha da Bula Misericordiae Vultus, promulgada pelo Papa Francisco.

Para a Diocese de Angra “é uma oportunidade” para prosseguir o trabalho de “reflexão e conhecimento” da realidade concreta dos Açores.

É neste sentido que vai o repto deixado nas orientações diocesanas de pastoral, “Misericordiosos como o Pai”.

“Este não é o tempo para nos deixarmos distrair, antes pelo contrário: é o de permanecermos vigilantes e despertarmos em nós a capacidade de fixar o essencial” diz o documento lembrando o Papa Francisco, durante a Celebração das Primeiras Vésperas do Domingo da Divina Misericórdia de 2015, definindo, deste modo, os objetivos do ano Jubilar e Pastoral de 2015-2016.

O lema do ano é extraído do Evangelho de S. Lucas 6, 36- “Misericordiosos como o Pai”-, e propõe-se que sejamos capazes de “viver a misericórdia seguindo o exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida” (Lc. 6, 37-38).

De acordo com o documento, “o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do Homem. Cristo vê com os olhos de Adão e este com os olhos de Cristo. Cada pessoa descobre assim em Cristo a própria humanidade e o futuro que a espera” e é isto que os cristãos açorianos devem seguir.

Por isso, toda a ação da Igreja diocesana nos Açores deve ser “sinal e instrumento da misericórdia do Pai”; “manter vivo o desejo de individualizar os inúmeros sinais da ternura que Deus oferece aos que estão em tribulação, vivem sozinhos e abandonados, sem esperança de ser perdoados”; “sentir intensamente a alegria de ter sido reencontrados por Jesus”; “dar conta do calor do amor do Bom Pastor, quando nos carrega aos ombros e nos traz de volta à casa do Pai”; de “ser tocados pelo Senhor Jesus e transformados pela sua misericórdia para nos tornarmos, também nós, testemunhas da misericórdia”; de “tratar as feridas e não nos cansarmos de ir ao encontro de quantos estão à espera de ver e tocar sensivelmente os sinais da proximidade de Deus, para oferecer a todos o caminho do perdão e da reconciliação” e, finalmente “fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que o mundo contemporâneo tantas vezes cria de forma dramática”.

Para realizar tudo isto, as orientações alertam para a necessidade de uma “dinâmica própria” que deve “ser adquirida e consolidada”, devendo “alargar-se e aprofundar-se na constituição e realização dos Conselhos Pastorais de Paróquia, de Zona Pastoral, de Ouvidoria, de Ilha e Diocese, bem como em Assembleias Pastorais locais, temáticas, ou por destinatários, com momentos de reflexão, testemunho, oração, celebração e festa”.

“As instâncias pastorais consultivas, executivas e formativas devem girar à volta dos eixos que nos orientam ao longo deste ano”, refere ainda.

Assim, são estabelecidas uma série de orientações para os Serviços Diocesanos que devem “celebrar o Jubileu de um modo temático ou consoante os destinatários que servem”.

Para além da Cáritas Diocesana e de cada Ilha, através de vários programas de inclusão social, entres eles o “+ Próximo”, dos Centros Sociais Paroquiais e Movimentos de Caridade, as Santas Casas da Misericórdia dos Açores, “deverão ser um meio extraordinário de realizar as obras de misericórdia entre nós”, dando corpo à ideia da sua fundação quer do ponto de vista material quer do ponto de vista espiritual.

 

 

 

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