“Exige-se que em cada paróquia se renove o Conselho Pastoral e se mobilizem os leigos responsáveis de grupos, de movimentos ou de instituições católicas; deve proporcionar-se que os leigos que desejem possam agrupar-se para ajudarem na partilha da sua reflexão”, escreveu D. João Lavrador.
“A caminhada sinodal a que nos propomos a nível diocesano, embora se revista de novidade, na verdade prossegue a dinâmica pastoral que se fundamenta no Concilio Ecuménico Vaticano II”, explica o bispo de Angra.
A diocese açoriana procura dedicar uma “atenção privilegiada aos jovens” e a caminhada sinodal implica a “participação ativa dos jovens” que “têm de ter” um protagonismo relevante dos diversos movimentos, grupos e comunidades, com “as responsabilidades que lhes competem nas estruturas eclesiais”.
“Cada comunidade cristã deve saber integrá-los e estes devem ajudar a paróquia a saber dialogar com eles no contexto da sua cultura e das suas novas linguagens”, desenvolve D. João Lavrador.
Numa diocese que “está caracterizada por elevados índices de exclusão”, a caminhada sinodal deve também ser “integradora dos excluídos”, “caminhar em comum exige que seja mesmo com todos e para todos” e têm de encontrar “novos modelos de promoção”, para além de “envolver a família” pela sua “importância para a Igreja e para a sociedade”.
“Teremos de prestar atenção à família, dar-lhe o protagonismo que a ela compete, oferecer os dinamismos necessários para a família seja verdadeiramente a Igreja doméstica e suscitar nas famílias o seu papel evangelizador”, acrescenta o bispo local.
A Igreja Católica no Arquipélago dos Açores vai analisar a realidade “com olhos de crentes”, que significa procurar “aprofundar” o que o Concilio Vaticano II “chama os sinais dos tempos que, a par com a Escritura, a Tradição viva da Igreja e o Magistério, são reveladores de Deus”.
Em ‘A beleza de Caminharmos juntos em Cristo’, salienta-se que há́ épocas na história coletiva e na vivência das comunidades cristãs que “se exige uma refontalização” para, por exemplo, situar a missão evangelizadora como “resposta adequada ao mundo”.
“Pensar numa Igreja em caminho sinodal é partir do pressuposto de que desejamos viver em comunhão eclesial. A eficácia deste estilo de ser e de atuar que é definido por caminhada sinodal terá de contar com a vontade de construir a comunhão”, lê-se em “comunidades cristãs a viverem a comunhão e corresponsáveis na missão”.
A “centralidade da Eucaristia” também está em destaque num percurso que exige formação básica de Teologia que “ofereça um conhecimento das verdades fundamentais da fé cristã e reflexão” sobre as problemáticas que se colocam às ciências teológicas e a diocese está “a caminhar na promoção” das Escolas de Ouvidoria de Formação Cristã.