Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Assim fala o Senhor: ‘Eu vou criar os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento.
Haverá alegria e felicidade.’» (Isaías, 65, 17)
Escrever palavras de esperança quendo, muito provavelmente, o pior está para vir, pode parecer um contrassenso. Não o é. A esperança é o alimento da caminhada.
Ainda hoje me ligou uma senhora, querida amiga, que, pela idade, está necessariamente confinada ao espaço da sua casa, sem nuca sair ao caminho. Dizia-me, a chorar, que tinha tantas saudades da nossa missa, de encontrar as pessoas, até dos santinhos da igreja. Tinha saudades dos abraços que eu lhe dava. Fiquei comovido.
Haverá alegria e felicidade, diz o Profeta. Havemos de nos reencontrar, saborear, como se fosse a primeira vez, os momentos em que nos encontraremos de novo, nos abraçaremos e celebraremos a nossa amizade.
Até lá, a nossa paciência, a nossa resiliência, vão ser postas à prova. Haverá a tentação de disparar em todas as direções como acontece quase sempre em épocas de medo. Sejamos responsáveis connosco e com os outros.
Que o Deus da Paz nos resguarde da tentação do desespero.