Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede». (João 6, 35)
É de Santo Agostinho esta frase. “Criastes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Vós.” Esta sede de infinito, de que falávamos ontem, é a essência da dignidade do ser humano: não existimos apenas para cumprir os ditames da natureza. Somos marcados com o selo do Infinito, chamados a uma missão mais alta, destinados a transcender o determinismo da natureza e a viver o Espírito.
Nada nos sacia totalmente. Talvez um dos maiores fracassos da humanidade seja o sentimento de autossatisfação, o comodismo a que chegámos, a ideia de que já conquistámos tudo e agora é só gozar o troféu da Torre de babel.
Uma coisa esta pandemia nos veio ensinar: nada está conquistado, nada adquirido. Somos e seremos sempre peregrinos do Absoluto, peregrinos do Pão da Vida.