Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.» (Salmo 88)
Celebramos hoje São Marcos, Evangelista.
Em Portugal, a liberdade celebra o seu aniversário.
Independentemente das cores políticas e dos sabores ideológicos, dos problemas e defeitos dos nossos dias, uma realidade é clara: vivemos num País livre e democrático.
No entanto, esta liberdade exterior, conquistada, não nos deve fazer esquecer uma outra dimensão da liberdade, aquela que se constrói no interior da pessoa: só é verdadeiramente livre quem ama, quem se liberta de escravidões interiores e de amarras que o afastam da verdade e do bem.
Diz São Paulo aos Gálatas: «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, e não vos sujeiteis outra vez ao jugo da escravidão». (Gal 5, 1).
Neste tempo estranho, renunciámos temporariamente a certas prerrogativas da liberdade por um bem maior: a saúde e a vida. Permaneçamos livres no nosso íntimo, na nossa consciência do bem que há a fazer.