Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus». (João 3, 3)
O homem é um animal moral. Que quer isto dizer? Que é um ser capaz de distinguir entre o bem e o mal e fazer uma escolha entre esse bem e esse mal. Esta prerrogativa permite-nos ser livres. E a liberdade mais importante é a liberdade interior, a vitória sobre as nossas paixões e escravidões interiores, a capacidade de nos reinventarmos todos os dias e todos os dias sermos mulheres e homens novos.
Este longo tempo de reclusão e confinamento é uma grande prova à nossa liberdade interior. Temos dois caminhos à nossa frente: o primeiro é encararmos tudo isto como um peso e uma canga, uma vida arrastada e sem sentido, um suplício e uma guerra contra nós e contra os outros. O segundo é aproveitarmos estes longos dias para refletirmos sobre nós mesmos e o nosso papel neste mundo, mudarmos certas maneiras de ser e de estar, procurarmos ser melhores pessoas.
É do Espírito Santo que Jesus fala: renascer pelo Espírito. O nosso destino não é apenas sobreviver mas viver em abundância.