Pelo Pe José Júlio Rocha.
«No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu retirada a pedra que o tapava.» (João 20, 1)
ALELUIA! O sepulcro está vazio. A morte está vazia. A morte e tudo o que ela significa: pecado, escravidão, ódio. O Nada está vazio. Perdeu todo o sentido. A partir do momento em que a pedra foi removida do sepulcro, para sempre haverá a Luz ao fundo de todos os túneis, a Luz que é salvação, que é o próprio Jesus Cristo. A Vida, em toda a plenitude, está à nossa disposição; o Amor, na sua mais bela face, está ao nosso alcance. ALELUIA quer dizer “louvai a Deus”. Nesta Páscoa, cantamos aleluias de esperança.
Páscoa estranha, Páscoa única, Páscoa que não podemos celebrar em plenitude, nem em comunidade, nem sequer, muitas vezes, com quem gostaríamos de celebrar. A fé é a certeza das coisas que não se veem. Saibamos, com esta catástrofe, aprender a viver de uma forma diferente, a começar pelas pequenas coisas. Deus não se fez homem, não morreu nem ressuscitou para que fôssemos condenados, mas para que fôssemos salvos. E, hoje, a Salvação tem o nome de “libertação”.
Curiosamente, é uma mulher, Maria Madalena, a primeira testemunha da ressurreição. No processo de condenação, os discípulos abandonaram Jesus. As discípulas não. Durante a Sua vida, Jesus teve, infelizmente, muitos inimigos. Curiosamente, entre eles, não se encontra nenhuma mulher. Dá que pensar…
Caros amigos: uma Santa Páscoa para todos vós.