Pelo Pe José Júlio Rocha.
«O SENHOR está no Seu templo santo,
diante dele fique em silêncio toda a terra.» (Habacuc 2, 20)
Hoje não há celebração eucarística antes do pôr-do-sol, quando festejarmos a Ressurreição de Jesus. Este é o dia do grande silêncio. Contemplemos hoje uma das imagens mais significativas deste período conturbado: a solidão do Papa na praça de São Pedro. O mundo ajoelhou-se, rendido à sua própria impotência.
Perante esta pandemia, há quem diga que Deus abandonou a humanidade ao seu próprio destino: só a ciência a pode salvar. Penso que a maior lição que a ciência nos deu ao longo da História foi que, quanto mais se sabe, mais há por saber, maior é o mistério, mais pequeninos nós somos.
Sábio é aquele que concilia a ciência e a fé, quais duas asas que fazem voar o pássaro. Saibamos compreender que é misteriosa a forma como Deus age, por detrás de todo o esforço humano. A isso chamamos esperança.
Einstein, um dos maiores cérebros do século XX, escreveu: “Há duas formas de ver a vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.”
Por detrás de todo o esforço do homem há um Deus que nos olha.