Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura.» (João 13, 4-5)
Este é um dos mais belos dias: dia do Sacerdócio, da instituição da Eucaristia, dia do Amor.
No tempo de Jesus, o ato de lavar os pés a outro competia ao servo mais humilde, ao escravo, à mulher que, profundamente subalterna naquela sociedade, lavava os pés e o rosto ao esposo. Era o gesto de servir. “Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros” (João 13, 15).
O mundo só será melhor se quebrarmos as barras do egoísmo em que nos afundámos e fazermos da nossa vida um serviço ao Outro. O mundo só nos faz sentido se tivermos uma causa, um sonho a cumprir. No íntimo de si mesmo, o homem descobre a sua “consciência” e a ela deve responder. E a consciência pura, aquela que nos faz dormir descansados, só se atinge quando se lutou pelo Amor, o único vínculo da perfeição.
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. É a única Lei absoluta.