Pelo Pe José Júlio Rocha.
«Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará». (João 8, 31)
Já Pilatos, cético, perguntava a Jesus o que é a verdade. A procura da verdade fez muitas vítimas, porque cada um pretendia que a sua verdade fosse universal. Nos nossos tempos, a verdade passou para segundo plano em nome de uma espécie de sinceridade e coerência pessoal: cada um tem a sua.
Agora temos uma imensa sede de verdade, de respostas concretas, firmes, seguras, verdadeiras, neste tempo de incertezas descomunais. Já Goya desenhava que “o sono da razão produz monstros”. Hoje, com o excesso de informações, vivemos tempos de mitos e teorias da conspiração não muito distantes dos tempos medievais.
Há, no entanto, uma Verdade, uma única Verdade, ânsia de todo o ser humano. Um teólogo do século XX escreveu um pequeno livro intitulado “Só o Amor é Digno de Fé”. É o Amor a suprema Verdade. Não um amor qualquer, mas um Amor que engloba a totalidade da vida. Amor que significa paz, confiança, harmonia com a natureza, fraternidade universal, liberdade interior, abandono a Deus. Esse Amor, sabemos, apesar de tudo, triunfará.
É a única razão para a qual vivemos.