“A aliança dos velhos e das crianças salvará a família humana”, declarou, durante a audiência geral, que decorreu no Auditório
No final do encontro, uma criança subiu ao local onde Francisco se encontrava sentado, para o cumprimentar, e permaneceu junto dele durante alguns minutos.
“Na audiência falávamos do diálogo entre velhos e novos. Foi valente, ele, não? E está sossegado”, brincou o Papa, após ter trocada algumas palavras com o menino.
A catequese sublinhou a necessidade de valorizar a “sabedoria do morrer”, dos mais velhos.
“Esta humanidade, que com todo o seu progresso parece um adolescente nascido ontem, será capaz de reavivar a graça de uma velhice que mantém firme o horizonte do nosso destino?”, questionou.
“A morte é certamente uma passagem difícil na vida – para todos nós, é uma passagem difícil, todos temos de passar por ali, mas não é fácil – mas também a passagem que encerra o tempo da incerteza e deita fora o relógio”.
O Papa destacou o valor da imagem bíblica de “um Deus idoso com cabelos brancos”, considerando-a “nobre e também terna”.
“Quando a pessoa idosa abençoa a vida que lhe vem ao encontro, deixando de lado todo o ressentimento pela vida que está a partir, é irresistível. O testemunho dos idosos une as idades da vida e as próprias dimensões do tempo: passado, presente e futuro”, observou.
Francisco lamentou uma visão em que as idades da vida são concebidas como “mundos separados, em competição entre elas”.
Na saudação aos peregrinos presentes, o Papa deixou uma mensagem para os portugueses: “Este período de verão, para muitos um tempo de férias, seja para todos nós uma oportunidade de maior aproximação a Jesus Cristo”.
“Ele põe a sua mão sobre nós, fortalece-nos e anima-nos a procurá-lo nos idosos e nos pobres. Que Nossa Senhora da Assunção nos guarde neste caminho de fé. Deus vos abençoe”, acrescentou.
Durante as saudações, um dos guardas suíços que acompanhava a audiência sentiu-se mal e chegou mesmo a cair, tendo sido incentivado com os aplausos da multidão.
Falando aos peregrinos polacos, Francisco recordou os milhares de peregrinos que vão a pé ao Santuário de Jasna Góra (Czestochowa), “rezando pela paz e reconciliação no mundo”.
“O meu pensamento, como sempre, vai para a Ucrânia. Não nos esqueçamos daquele povo martirizado”, apelou.
(Com Ecclesia)