O concelho picoense teve um crescimento de 4,7% da sua população, que não chega aos 6.500 habitantes
Os Açores registaram uma quebra de população residente de 4,1% desde 2011, segundo os dados preliminares dos Censos 2021 revelados hoje, com o concelho da Madalena, na ilha do Pico, a ser o único a registar crescimento (4,7%).
O arquipélago tinha 246.772 habitantes em 2011 e perdeu 10.115 no espaço de 10 anos, o equivalente a 4,1%, tendo agora 236.657 residentes.
A região foi a quarta no país a perder mais população, a seguir ao Alentejo (6,9%), Madeira (6,2%) e Centro (4,3%).
Os decréscimos mais acentuados de população registaram-se nos concelhos de Santa Cruz das Flores (11,7%), Nordeste, na ilha de São Miguel (11,4%), e Corvo (10,2%), a mais pequena ilha dos Açores.
O Corvo é, também, a ilha (e o concelho) menos populosa das nove do arquipélago, apresentando agora 386 habitantes, menos 44 do que em 2011, de acordo com os dados preliminares dos Censos 2021.
O concelho da Madalena, na ilha do Pico, foi a exceção, com um crescimento de 4,7%, passando de 6.049 residentes para 6.332.
A Madalena foi também o município do país que registou o maior aumento do número de alojamentos destinados à habitação (13,5%).
Na ilha do Pico, que integra os concelhos da Madalena, Lajes do Pico e São Roque do Pico vivem, atualmente, 13.895 pessoas.
Lajes do Pico perdeu 7,8% da população, passando de 4.711 residentes em 2011 para 4.342 em 2021, com base nos dados provisórios.
São Roque do Pico registou uma redução populacional de 4,9%, descendo dos 3.388 residentes para 3.221.
O concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, continua o mais povoado da Região Autónoma: 67.287 residentes, com uma perda de 1.522 (menos 2,2%) relativamente a 2011.
O conjunto dos seis concelhos da ilha de São Miguel registou uma perda de 3,2% dos habitantes, tendo passado de 137.856 habitantes em 2011 para 133.390.
No concelho da Ribeira Grande, a perda foi de 2,2% da população, registando-se agora 31.414 residentes.
Lagoa perdeu 1,7%, apresentando 14.194 habitantes de acordo com os resultados provisórios dos Censos de 2021.
Povoação registou uma diminuição de 8,4% e Vila Franca do Campo de 8%.
Estes concelhos apresentam, em 2021, 5.796 residentes e 10.326, respetivamente.
No Nordeste, onde a redução foi de 11,4%, a população baixou de 4.937 para 4.373.
Na lista de concelhos com mais residentes nos Açores continua Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com 33.829 pessoas.
De acordo com os dados provisórios hoje divulgados, tal representa uma redução de 1.573 pessoas (menos 4,4%) relativamente aos Censos de 2011.
Juntando estes dados aos do concelho da Praia da Vitória, onde a redução de população foi de 7,4% nos últimos dez anos, a ilha Terceira apresenta, em 2021, 53.311 residentes, menos 5,5% do que em 2011.
Quanto ao concelho da Horta, único da ilha do Faial, apresenta uma perda de 4,3% da população residente, tendo passado de 14.994 pessoas em 2011 para 14.356.
Em Vila do Porto, ilha de Santa Maria, há atualmente 5.414 pessoas, menos 2,5% do que em 2011.
Na ilha Graciosa, outra das nove ilhas dos Açores que apenas tem um concelho, registam-se presentemente 4.095 residentes, menos 6,7% do que em 2011.
Relativamente à ilha de São Jorge, os seus dois concelhos registam perdas de população aproximadas (Calheta registou uma redução de 8,8% e Velas de 8,5%), o que corresponde, de acordo com os dados provisórios dos Censos, a uma redução global de 8,6%.
Assim, na ilha de São Jorge, os residentes passaram de 9.171 em 2011 para 8.381.
Os resultados provisórios dos Censos de 2021 apontam para a existência de 3.4029 residentes na ilha das Flores, o que corresponde a menos 9,6% do que em 2011.
A descida mais acentuada registou-se no concelho de Santa Cruz das Flores (menos 11,7%, passando de 2.289 residentes para 2.021).
No concelho de Lajes das Flores, a redução foi de 6,4%: passou de 1.504 habitantes em 2011 para 1.408.
Os Açores são a região do país que registou os maiores acréscimos no número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação (2,8%).
Foi também no arquipélago que se verificou a dimensão média dos agregados mais elevada (2,8 pessoas).
Apesar da redução de população, a região foi a que registou a segunda maior subida no número de agregados (4,5%), tendo agora 85.514.
Já o número médio de alojamentos por edifício nos Açores é um dos mais baixos do país (1,1), a seguir ao Alentejo.
Entre 2001 e 2011, os Açores tinham registado um crescimento de população residente de 1,79%, ainda que esse aumento se tenha verificado apenas em sete dos 19 concelhos do arquipélago.
(Com Lusa)