Os escuteiros são a maior organização de Jovens em Portugal e no mundo
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vão passar, no início de agosto, pelo Acampamento Nacional de Escuteiros – ACANAC 2022, que vai decorrer em Idanha-a-Nova, antes de rumarem a Santiago de Compostela, para a Peregrinação Europeia de Jovens.
Segundo informação da diocese de Bragança-Miranda, onde os símbolos estarão em peregrinação no mês de agosto, “a grande cruz peregrina e a imagem de Nossa Senhora chegam à diocese do nordeste transmontano no último dia deste mês [julho]”, depois de terem estado na diocese de Lamego.
Depois de uma breve passagem pela Unidade Pastoral de Ansiães, os símbolos seguem para o 24.º Acampamento Nacional dos Escuteiros, em Idanha-a-Nova (diocese de Portalegre-Castelo Branco), e para a Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela, adiantou a agência Ecclesia.
Em Idanha-a-Nova, no ACANAC, para o qual se prevê uma participação de mais de 18 mil escuteiros, a presença dos símbolos visa entusiasmar os jovens para a participação na Jornada Mundial da Juventude agendada para Lisboa entre 01 e 06 de agosto de 2023 e que contará com a presença do papa.
Os símbolos, depois da passagem pelo Acampamento Nacional de Escuteiros, logo a partir de 01 de agosto, deverão estar em Santiago de Compostela a partir de dia 03. O regresso à diocese de Bragança-Miranda, para continuação da peregrinação local, está agendado para dia 07 de agosto.
Os símbolos – a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – estarão em cada diocese nacional até à realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023) cerca de um mês e a última a recebê-los será Lisboa.
Estes símbolos estiveram já, desde meados de 2021, em Angola, na Polónia e em Espanha, bem como nas dioceses portuguesas do Algarve Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco, Guarda, Viseu, Funchal, Angra e Lamego.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”, informou a organização da Jornada.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo uma nota sobre a JMJLisboa2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.
“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adianta a nota.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de comunicação da JMJLisboa2023.
A JMJLisboa2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e será encerrada pelo Papa.
Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
(Com Lusa)