O Papa Francisco lamentou hoje a falta de “paternidade” e “ternura” no mundo, ao receber em audiência os membros de uma organização que trabalha junto de crianças marginalizadas.
“A verdadeira revolução no mundo é feita por aqueles que trabalham dia a dia, sem fazer barulho, para que os pequenos e os pobres não sejam mais desprezados, descartados, abandonados, mas possam erguer-se e viver de acordo com sua dignidade de crianças de Deus, bem preparados, bem seguidos, bem acompanhados. É uma pequena semente do Reino de Deus, que cresce e frutifica ao ser cultivada com amor”, afirmou aos membros do projeto «Ágata Esmeralda».
«Ágata Esmeralda» nasceu na cidade de Florença, em 1992, trabalha junto de instituições que acolhem crianças marginalizadas, para que possam, através da adoção à distância, ter apoio a nível de educação, alimentação e saúde, e ser pessoas integradas na sociedade.
O nome do projeto deve-se à primeira menina a ser atendida no hospital dos Inocentes, em Florença, no ano de 1430, e atualmente desenvolve a sua missão em 15 países no mundo.
Ternura, afirmou Francisco, “é uma palavra muitas vezes ausente dos dicionários da vida quotidiana”.
O Papa reconheceu o trabalho feito pelo projeto e enalteceu o gesto de quem à distância, é motivado pelo desejo de ajudar.
“Quem opta pela adoção à distância é motivado pelo desejo de ajudar um menino ou menina para que se sinta amado, para que não lhe falte o necessário, para que cresça bem. Dar a mão significa, nesta oportunidade, dar o futuro”, sublinhou.
Durante a audiência o Papa enalteceu as “sete mil adoções à distância”, para que o trabalho na “periferia do mundo” se realize e agradeceu aos “cooperadores na difusão da ternura de Deus” e o dom de “paternidade” para o mundo.
(Com Ecclesia)