A psicóloga Filipa Miranda, do grupo Renascer, luto e desenvolvimento pessoal fala sobre a doença e o sentido da perda
“A sociedade não está preparada para lidar com a doença, com a morte e com os enlutados”, afirma Filipa Miranda, psicóloga e responsável por um grupo intitulado Renascer, luto e desenvolvimento pessoal, que apoia pessoas em situação de perda.
“A morte e o luto são difíceis mas com a ajuda certa podemos ultrapassá-los” afirma a técnica.
“A doença é um luto, o luto é uma perda. Por isso, para o doente ou família é sempre difícil lidar com a doença” reconhece.
No contexto da celebração do Dia Mundial do Doente, que se assinala este sábado, a psicóloga Filipa Miranda fala do apoio e da forma como os “enlutados” devem ser acompanhados.
“Uma doença tem de ser perspetivada de muitas maneiras: a do doente, a da família, a dos amigos, etc. Mas há uma palavra que é comum a todos os intervenientes, a empatia” refere Filipe Miranda.
“Quando não estamos doentes é muito difícil colocarmo-nos no lado do dente: empatia é estar lá e informar o doente que há canais de comunicação” refere.
“Um doente que está a passar por um processo de luto tem o seu tempo, depois da negação vem outras fases como a raiva…e depois vêm outras fases. Dar tempo às pessoas é absolutamente essencial”.
A entrevista vai para o ar este domingo no rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, ao meio dia.