Por Renato Moura
É já a 1 de Julho a ordenação presbiteral do florentino Diácono Jacob Vasconcelos e no dia seguinte a Missa Nova.
Cada vocação tem o seu tempo e as suas circunstâncias. A do Jacob vem desde menino, foi alimentada e frutificou. Chega agora ao fim o trajecto formativo, que soube aproveitar da melhor forma e o deixou dotado; o do seminário, pois que como excelente aluno que foi, obviamente que cuidará da sua permanente formação.
Não é uma função que se inicia, mas tão somente se continua, pois todos quantos acompanharam o seu percurso sabem bem do seu carisma, da contínua e generosa dedicação às causas da Igreja, da disponibilidade enérgica para o serviço. Deus dota cada qual com dons distintos, mas o Jacob soube agradecer a generosidade divina para com ele e correspondeu aproveitando-os e desenvolvendo-os. O relacionamento fácil, próximo e franco com todos, a afabilidade, a qualidade intelectual, a capacidade extraordinária, no discurso ou na escrita, com tradução das ideias de modo acessível a todos, tudo aliado a uma grandiosidade da voz, quer para a palavra quer para o canto, muito contribuirão para o sucesso do projecto que Deus lhe confiou.
“Dei-vos o exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também” é o ensinamento do Evangelho e um perene lema para a vida, que confessou e partilhou com todos quantos deseja ter mais próximos nestes dias festivos, que sempre terá sonhado como dos mais felizes da sua vida.
Investido de novos poderes divinos, vai agora continuar a viver, conforme as sua próprias palavras: “uma imensa alegria”, com total disponibilidade “para servir o Senhor onde e quando Ele quiser, nos irmãos que Ele quiser, da forma que Ele quiser”.
É relevante que o futuro sacerdote, como declarou em entrevista, pressinta que “é preciso criar uma empatia diferente que propicie o anúncio da palavra”, perceba que “quem semeia não pode querer fazê-lo sem antes ter preparado o terreno para acolher a semente” e esteja consciente que levará “o Evangelho às pessoas pela Palavra, pelos Sacramentos” mas também “pela minha atitude coerente de vida”.
Exalto o homem pelo sacerdócio de considerar o Papa Francisco “o grande profeta dos nossos dias, no anúncio do Evangelho”, pela coragem de dizer na que na relação com os fiéis “a Igreja só ganha em dar o primeiro passo”, pela lucidez de perceber que “o anúncio do Evangelho não se pode alhear do contexto em que é feito” e “actualizando, com as categorias do nosso tempo, a mensagem perene do Evangelho”.
E assim estará Deus com ele.