“A Jornada deixou frutos e quando se fala de fé, esses frutos até podem não ser visíveis no sentido quantitativo”

Foto: JMJ

Padre Norberto Brum, ex presidente do Comité Organizador Diocesano da JMJ em Angra, lembra os dias do maior evento mundial de jovens católicos, que há um ano se realizou em Lisboa

A Jornada Mundial da Juventude de Lisboa “foi um marco” na vida de todos quantos participaram e os que se envolveram na sua preparação,  refere o ex responsável pelo Comité Organizador Dicoesano (COD Angra) que promoveu uma série de atividades entre as quais a subida à montanha do Pico, no período das pré-jornadas.

“Cada um viveu ao seu jeito e à sua medida este encontro com Jesus e com outros que partilhavam da mesma fé e por isso, cada um no seu íntimo, saberá dizer melhor o que foi este momento e saberá tirar as ilações, trazendo-as para a sua comunidade”, afirmou o padre Norberto Brum em declarações ao Sítio Igreja Açores, um ano depois deste mega evento que reuniu na capital portuguesa um milhão e meio de jovens, de entre os quais 900 açorianos.

“A jornada deixou frutos e quando se fala de fé, esses frutos até podem não ser visíveis no sentido quantitativo; cada um saberá a forma como se envolveu e empenhou” esclarece ainda desvalorizando o facto de muitos dos jovens que participaram neste encontro mundial não terem prosseguido o dinamismo que se esperava.

“Sejamos francos: a JMJ não é um pózinho mágico que resolveria os problemas da participação da juventude na Igreja. É uma etapa e uma dinâmica que ajuda mas não resolve tudo e, por isso, cada jovem deverá formular esta questão: o que faço depois da JMJ?”, afirma o padre Norberto Brum, que no próximo ano pastoral continuará a integrar a equipa da Pastoral Juvenil mas já não será o seu assistente dicoesano.

“Ao nível da pastoral juvenil diocesana, depois da participação na JMJ, este ano estivemos como que no ano zero, por assim dizer. Partindo do que foi a nossa participação na JMJ, procurámos fazer um revisão de vida, uma introspecção, indo buscar os contributos da JMJ, escutar, auscultar os jovens e fazer esta reestruturação interior que se estende ao próprio serviço”.

“Não tivemos grandes eventos, porque a ideia era deixar que a JMJ e os seus desafios ecoassem nas paróquias, ao nível das comunidades a onde os jovens , que participaram nas jornadas, regressaram” prossegue ainda.

“Da nossa parte houve esta preocupação de deixar que o Espírito Santo atuasse nos jovens e os conduzisse nas paróquias de forma a poderem ser eles a projectar o futuro”, conclui.

Há um ano, depois de ter acolhido os símbolos e de terem sido desenvolvidas inúmeras atividades pastorais, os jovens açorianos escalaram a Montanha do Pico, acompanhando o bispo de Angra, recém chegado à diocese, naquela que foi uma das atividades de pré-jornada a nível nacional que registou o maior entusiasmo. No topo da Montanha, no dia 25 de julho, foi celebrada uma missa de envio de 100 jovens que juntamente com os restantes quase 800, representaram os Açores na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.

A diocese de Angra, nos dias das dioceses, acolheu, por seu lado 185 jovens, de cinco países. O acolhimento aos jovens estrangeiros que escolheram a Diocese de Angra para viver a semana anterior à primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal foi feito em duas ilhas do Arquipélago dos Açores: a ilha Terceira, que recebeu 45 jovens de Madison, nos Estados Unidos da América (EUA), e São Miguel acolheu 42 jovens de Guadalajara (México), 58 de Prince Albert e Vancouver (Canadá), 24 de Nova Iorque (EUA), 15 jovens de Aachen (Alemanha) e um peregrino de Baucau (Timor-Leste).

 

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