A opinião é do Diretor das Comunicações sociais da Diocese de Angra
Os Açores possuem algum “substrato religioso” mas já existem muitos açorianos de “nome e de batismo sem qualquer vivência religiosa que é preciso tocar” diz o responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral das Comunicações Sociais da Igreja.
Em declarações ao programa de rádio Ecclesia, emitido pela Antena 1, a propósito do retrato da diocese, que está a ser feito na semana em que D. João Lavrador entrará no arquipélago como bispo coadjutor, o Pe Ricardo Henriques elege como principal desafio diocesano “tocar aqueles que ainda não conseguiram fazer uma verdadeira experiência e vivência de fé”.
No programa de rádio, na estação pública, o sacerdote que é pároco in solidum na Sé de Angra, lembra que os Açores são atravessados “por uma enorme vivência de religiosidade popular” que “é preciso acompanhar”.
Numa abordagem ao que é hoje a Diocese, o Pe Ricardo Henriques, que é também vice reitor do Seminário Episcopal de Angra, afirma que a igreja “sempre foi, desde o povoamento, um fator de união entre os açorianos” e foi a primeira experiência de “trabalho em rede” nas ilhas.
“A igreja foi sempre um fator comum de união, primeiro através das ordens religiosas, depois como igreja diocesana e o cristianismo está na génese identitária dos açorianos”, reconhece o sacerdote.
Por isso, acrescenta, um dos meios através dos quais poderíamos “sedimentar” esta unidade era através da “criação de um jornal diocesano”.
“Seria bom e positivo, embora reconheça que há questões financeiras e estruturais, nomeadamente ao nível dos recursos humanos, que se colocam, mas sem dúvida que um jornal diocesano facilitaria um maior discernimento da realidade do mundo e das ilhas a partir dos valores cristãos”, diz ainda.
A Agência Ecclesia está a realizar um conjunto de programas na rádio pública sobre a diocese de Angra, que podem ser ouvidas em www.agencia.ecclesia.pt