Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos assinala jornada de luta para dia 7 de outubro
O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) assinalará a 7 de outubro a Jornada Mundial pelo Trabalho Digno, considerando que este é “necessário para recuperar a humanidade da sociedade”.
Numa mensagem enviada ao Igreja Açores, o MMTC “exige compromisso aos Estados e às instituições que governam” para construir sociedades verdadeiramente humanas, “onde os bens e riquezas geradas estejam ao serviço do bem comum”.
No documento, o movimento diz que para “superar a violação dos direitos associados ao trabalho, só há um caminho: reconhecer a primazia das pessoas sobre as coisas, do trabalho sobre o capital”.
Para o MMTC é precisa uma “nova racionalidade política”, que coloque os Estados a organizar a sociedade “em função de servir os trabalhadores mais empobrecidos, a justiça e todos os cidadãos”.
Esta “racionalidade política”, acrescenta a nota, tem necessidade de “cidadãos conscientes” que sejam capazes de “desprender-se dos valores neoliberais alimentados pelo capital, desenvolvendo a fraternidade”.
O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos realça que associados ao trabalho digno existem “direitos pessoais, familiares e sociais” que são “irrenunciáveis” para construir sociedades humanas”, como os direitos “ao trabalho e a uma justa remuneração; a condições dignas e a ambientes que não atentem contra a vida do trabalhador; ao descanso; reunião e associação; a prestações sociais; à negociação coletiva e à greve”.
Em 2018, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “a maioria” das 3300 milhões de pessoas empregadas no mundo “sofreram por falta de bem-estar material, de segurança económica e de igualdade de oportunidades” e não tiveram suficiente desenvolvimento humano.
Na mensagem para o próximo dia 7 de outubro, o MMTC recorda que para a Doutrina Social da Igreja (DSI) o trabalho é “um direito fundamental de toda a pessoa, é um bem e todos têm direito a um trabalho digno”.
Como “um princípio fundamental”, a DSI defende “a primazia do trabalho sobre o capital”, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e das suas famílias “são o critério” a partir do qual se deveria organizar o trabalho, as condições em que se realiza e “toda a economia”.
A mensagem para a Jornada Mundial do Trabalho Digno 2019, desenvolvida pelo Movimento HOAC de Espanha, anima “todos os cidadãos e trabalhadores” a subscreverem em cada país a “exigência de um trabalho digno para todos e todas”.
No seu sítio online a Liga Operária Católica – Portugal também disponibiliza uma oração, para além da mensagem desta jornada.
(Com Ecclesia)