O Papa pediu às partes envolvidas em conflitos, nomeadamente em Myanmar, Palestina, Israel e Ucrânia, a “dar passos de diálogo”, respeitando o “grito do povo que está cansado de violência”, e disse que a guerra é uma “derrota para a humanidade”.
“Por favor, escutem o seu grito de paz: o grito do povo que está cansado da violência e quer que a guerra, que é uma catástrofe para as pessoas e uma derrota para a humanidade, acabe! afirmou o Papa após a oração do ângelus, na Praça de São Pedro.
Dirigindo-se aos peregrinos presentes no Vaticano, nomeadamente aos jovens da Ação Católica que terminavam, com Francisco, a “Caravana da Paz”, começou por recordar o conflito em Myanmar, que dura há mais de três anos e onde “o choro e o barulho das armas substituíram o sorriso da população”.
“Uno-me à voz de alguns bispos para que as amas da destruição se transformem em instrumentos para crescer em humanidade e justiça”, afirmou o Papa.
Francisco disse que “a paz é um caminho” e convidou “todas as partes envolvidas a dar passos de diálogo e compreensão para que a população alcance a reconciliação fraternidade”.
O Papa apelou à necessidade de fazer chegar ajuda humanitária “a cada pessoa”, também no Médio Oriente, em Israel e na Palestina e “onde há combates” e lembrou de moto particular as vítimas da guerra, nomeadamente civis.
Durante a alocução do Papa, após a oração do ângelus, duas crianaças acompanharam o Papa, na janela do Palácio Apostólico, e leram uma mensagem para “gritar a toda a cidade e ao mundo inteiro” o desejo de paz.
“Nestes dias, é difícil pensar na paz. Muitas guerras estão a ser combatidas também perto de nós. Parece que ninguém quer fazer a paz. Nós, ao contrário, queremos estar do lado da paz, tentando apagar, naquilo que nos é possível, o fogo do ódio e da violência”, afirmaram.
As crianças e jovens da Ação Católica de paróquias e escolas católicas da Diocese de Roma terminaram na Praça de São Pedro a Caravana da Paz, uma iniciativa para refletir sobre a paz e ajudar projetos relacionados com a proteção do ambiente.
Francisco referiu-se também à libertação das religiosas e de outras pessoas sequestradas no Haiti e pediu que sejam libertadas todas as pessoas que estão em sequestro e “acabe toda a forma de violência”.
No Dia Mundial contra a Lepra, que se assinala este domingo, o Papa agradeceu o trabalho de todos os que tratam uma das doenças “mais temidas” e que atinge “os mais pobres e marginalizados.
(Com Ecclesia)