“A guerra destrói também a memória dos passos dados em direção à paz”, lamentou o Papa

 

O Papa Francisco afirmou hoje que “a guerra destrói tudo, tudo, tira a humanidade”, aos participantes do encontro promovido pelo CHARIS – Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica, e pediu que não deixem que a “memória da paz seja roubada”.

“A guerra destrói tudo, tudo, tira a humanidade. Outro dia, 2 de novembro, fui celebrar a missa no Cemitério de Guerra; ao entrar, observei nos túmulos as idades dos caídos: todos jovens, entre 20 e 30 anos”, disse o Papa, na tarde deste sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Neste contexto, Francisco salientou que a guerra “destrói a juventude” e “não faz outra coisa a não ser destruir”: “Por favor, lutemos pela paz. Não deixemos que essa memória da paz seja roubada!”

O Papa recordou o encontro realizado com os presidentes da Palestina e de Israel, onde plantaram uma oliveira, no Vaticano, em junho de 2019, e fizeram um momento de silêncio rezando pela paz.

“A guerra destrói também a memória dos passos dados em direção à paz; Olhemos para esta oliveira, aqui, um sinal de paz”, acrescentou.

O CHARIS – Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica – promoveu um encontro que terminou hoje com a audiência do Papa; intitulado ‘Chamados, Transformados e Enviados’, este evento começou na quinta-feira, dia 2.

Francisco salientou que este organismo católico é chamado a “ser uma voz que acompanha e que indica a todas as comunidades um caminho a ser percorrido em comunhão”, é uma “janela” para o vasto e variado mundo da Renovação Carismática Católica.

O Papa recordou aos membros do CHARIS o incentivo a que os chamados ‘Seminários de Vida Nova’ cheguem “a todos os lugares e para todos”, porque se trata “de momentos de ‘primeiro anúncio’, muito querigmáticos”.

“Oferecem às pessoas a possibilidade de um encontro com Jesus vivo, com a sua Palavra e o seu Espírito, com a sua Igreja vivida como ambiente acolhedor, como lugar de graça, de reconciliação e de renascimento”, salientou.

O Dicastério para os Leigos, Família e Vida (Santa Sé) anunciou, no dia 2 de novembro de 2018, a criação de um serviço internacional para acompanhar o Renovamento Carismático Católic (RCC), intitulado ‘Charis’, que nasceu a 8 de dezembro, com estatutos aprovados de forma experimental.

Esta tarde, o Papa recordou dois aspetos nos Estatutos do CHARIS, a importância de «promover o exercício dos carismas não só na Renovação Carismática Católica, mas também na Igreja toda», porque “o serviço que o CHARIS pode prestar é o de promover os carismas e incentivá-los a colocar-se a serviço de toda a Igreja”, e «incentivar o aprofundamento espiritual e a santidade nas pessoas que vivem a experiência do Batismo no Espírito Santo».

“Não se deve presumir que, uma vez recebido o Batismo no Espírito, já se é plenamente cristão. O caminho para a santidade deve progredir sempre, na conversão pessoal e na doação generosa de si mesmo a Cristo e aos outros, e não somente em vista do ‘bem-estar espiritual’, desenvolveu Francisco.

O Papa convidou os membros do Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica a estarem “vigilantes para não caírem na tentação dos jogos de poder e de influência”, rejeitando o desejo de se destacar e comandar, porque “a verdadeira tarefa é servir”, e deixar espaço para as novas gerações de líderes, empenhados constantemente na formação de jovens.

No Pentecostes de 2019, dia 9 de junho, deixaram de existir a International Catholic Charismatic Renewal Service e a Catholic Fraternity of Charismatic Covenant Communities and Fellowships, o património destes dois organismos foi transferido para a Charis, para lhe garantir “os meios financeiros necessários para levar a cabo a missão que lhe foi confiada pelo Papa Francisco”.

(Com Ecclesia)

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