A espiritualidade não deve ser apenas “uma pose”

Na terceira catequese quaresmal, o Bispo de Angra sublinha que a autenticidade do cristianismo revela-se na humildade e os homens que querem aproximar-se de Deus devem seguir o exemplo de Jesus.

Verdade, autenticidade, humildade e caridade são os ingredientes indispensáveis para qualquer cristão, disse o Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, na terceira Catequese Quaresmal – O Deus de Jesus Cristo – que o Portal da Diocese publicou este sábado. (Clique aqui para ver »»»)

 

Em Imagens de Deus 3, o prelado diocesano lembra que Deus sempre se aproximou dos mais fracos e dos mais oprimidos, olhando menos para os privilegiados.

 

“Jesus não faz acepção de pessoas. Não polemiza com os supostos ateus. Elogia a mulher fenícia e os samaritanos. Toma refeições com pecadores e publicanos. Opôs-Se a todo o tipo de privilégios. Rompeu com a mentalidade da época, admitindo no Seu círculo restrito e habitual, um grupo de mulheres, que Lhe foram fiéis até ao Calvário, tendo sido as primeiras testemunhas da Ressurreição”.

 

E, acrescenta que “só quem tiver um coração de criança é que poderá compreender e aceitar os valores do Reino”, nomeadamente, a caridade, a misericórdia e o amor.

 

“Jesus dá-nos a imagem de um Deus-Amor, aliado da humanidade” que quer “misericórdia e não sacrifício” e que estimula “uma espiritualidade incarnada”.

 

D. António de Sousa Braga  fez, ainda, um apelo para que a “espiritualidade não seja pose, para dar nas vistas”.

 

“Tanto no jejum, como na oração e na esmola, nada de jactância, para receber aplausos, mas tudo, no segredo do coração, com verdade e autenticidade”, sublinha o responsável pela Igreja Católica nos Açores.

 

E deixa o repto aos cristãos.

 

“Para saber como é que, como seres humanos, podemos parecer-nos com Deus e ser perfeitos como Ele, é preciso olhar para Jesus”, o que se consegue através do Evangelho.

 

“Não creio que haja outro livro sagrado em que se mencionem tantas coisas da vida quotidiana, em que Deus esteja tão perto das crianças e das mulheres nas suas lides domésticas, dos camponeses e dos idosos…Alguém assim, é alguém que saboreia a vida e que daí sabe tirar ensinamentos sobre Deus”, conclui.

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