Na ilha Terceira, o Banco Alimentar recolheu 18 toneladas de alimentos
A presidente do Banco Alimentar contra a Fome congratulou-se hoje com a “generosidade reiterada” por todos os que contribuíram no fim de semana para o acréscimo de 3,9% nas doações para aquela instituição de solidariedade.
“A campanha do fim de semana correu muito bem. Foram recolhidas 2.100 toneladas de alimentos pelos cerca de 42 mil voluntários em mais de duas mil lojas. Foi muito importante para os bancos alimentares verem este acréscimo da ordem dos 3,9 % das doações, em relação a maio de 2014, que reflete a confiança reiterada no organismo, mas também a certeza de que, com um pequeno contributo, podem fazer uma grande diferença”, disse Isabel Jonet, em declarações à Lusa.
Isabel Jonet admitiu que não estava à espera do acréscimo, salientando que, apesar da recuperação económica, esta ainda não terá chegado às famílias que são apoiadas pelas instituições de solidariedade social.
“Essas 2.100 toneladas que foram doadas pelos portugueses são, em nosso entender, um sinónimo e a expressão da generosidade reiterada para todos aqueles que ainda precisam de apoio e que são todos os dias ajudados a comer por instituições de solidariedade social”, frisou a responsável.
A presidente do Banco Alimentar salientou ainda serem as pessoas que são ajudadas a querer contribuir nas campanhas “como sinal de agradecimento por aquilo que recebem”, justificando que o acréscimo marca um momento em que se pode identificar “alguma esperança que existe hoje na sociedade portuguesa que de facto a situação está a melhorar”.
Em contrapartida na ilha Terceira o Banco Alimentar recolheu 18 toneladas, menos duas do que estava à espera, o que para o responsável local, Eduardo Rocha, se deveu “à coincidência de datas” com as festas do Divino Espirito Santo”.
“Este fim de semana havia bodo na terceira e as pessoas estiveram nos impérios e não foram às superfícies comerciais e isso fez com que se registasse um menor número de pessoas da ar mas, ao mesmo tempo, curiosamente quem deu, deu mais”, salienta o dirigente do Banco Alimentar contra a Fome da Terceira.
Esta “ligeira” diminuição “não afetará o nosso trabalho mas como vivemos do que nos dão naturalmente que teremos menos para distribuir”, refere Eduardo Rocha.
Os alimentos mais doadas na campanha, que decorreu no sábado e no domingo, foram leite, arroz, azeite, massas e enlatados.
Durante esta semana e até domingo, dia 07, será ainda possível contribuir no ‘site’ www.alimentestaideia.net ou através da campanha “Ajuda Vale”, que decorre nos supermercados, na Região será só no Continente e Modelo.
Os bens alimentares vão ser entregues já a partir desta semana a 2.650 Instituições de Solidariedade Social a 410.00 pessoas em situações de pobreza e com carências alimentares apoiadas pelos 21 Bancos Alimentares em todo o país e ilhas da Madeira e Açores.
Em 2014, os 21 Bancos Alimentares Contra a Fome no país distribuíram um total de 29.630 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 41.482 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 118 toneladas por dia útil.
Em 1991, foi aberto em Portugal o primeiro Banco Alimentar Contra a Fome e estão atualmente em atividade no território nacional 21 Bancos Alimentares, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objetivo comum de ajudar as pessoas carenciadas, pela doação e partilha. Existem 256 Bancos Alimentares operacionais em 21 países europeus, que no ano passado distribuíram 402 mil toneladas de produtos a 5,7 milhões de pessoas, através de 31.000 associações.
Nos Açores existem dois Bancos Alimentares, um em São Miguel e outro na ilha Terceira. Ao todo foram mobilizados perto de 1200 voluntários nos Açores e envolvidas 115 superfícies comerciais de maior e menor dimensão.
(Notícia atualizada às 15h20)
CR/Lusa