No último peditório em Dezembro os Bancos Alimentares de São Miguel e Terceira angariaram 72 toneladas de alimentos
O Banco Alimentar contra a Fome regressa este fim de semana à rua para mais um peditório anual numa campanha que vai abranger as grandes e médias superfícies comerciais em São Miguel (45 estabelecimentos comerciais aderentes) e na Terceira (76 estabelecimentos) envolvendo cerca de 1200 pessoas, maioritariamente voluntários, entre sexta feira e domingo.
Na ilha Terceira, onde só existem dois concelhos e seis superfícies comerciais de maior dimensão, os responsáveis resolveram fazer parcerias com as pequenas mercearias das freguesias onde vão estar voluntários ligados às instituições que o Banco apoia.
Na última campanha de dezembro foram recolhidas 22 toneladas de alimentos que foram distribuídas pelas 40 instituições que o Banco apoio mensalmente, chegando a 500 pessoas.
Por sua vez, o Banco Alimentar contra a Fome da ilha de São Miguel distribuiu ao longo do ano passado mais de 7900 cabazes de alimentos a famílias em dificuldades, resultantes da recolha de 50 toneladas de alimentos.
Há 18 anos consecutivos que o Banco Alimentar contra a Fome de São Miguel realiza anualmente duas grandes campanhas de recolha junto da população, o que “permite reabastecer o seu armazém”, sublinha uma nota de imprensa da instituição e, assim, “garantir resposta aos pedidos de socorro alimentar que chegam diariamente”.
Os alimentos mais necessários são o leite, as massas, os enlatados de carne e peixe, cereais e papas alimentícias.
Além deste peditório há uma “conta” permanente em www.alimentestaideia.net onde poderá contribuir, tal como através da aquisição de vales nas caixas dos supermercados até dia 7 de junho.
O Banco Alimentar Contra a Fome apela a um “gesto humanitário em resposta a uma causa social”.
“As carências alimentares são um problema social que existe 24 horas por dia e sete dias por semana, e que continuam a afetar muitas pessoas. Por esta razão, o envolvimento e contributo de cada cidadão é muitíssimo valioso para que possamos continuar apoiando e ajudando quem ainda necessita de ajuda para se alimentar”, explica a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
Isabel Jonet frisa que com a solidariedade e compromisso de todos consegue-se “seguramente” fazer a “diferença” na vida de muitas pessoas que precisam de ajuda.
A campanha nacional de recolha de alimentos promovida pelos 21 Bancos Alimentares contra a Fome permite apoiar uma rede de “2665 instituições de solidariedade” que distribuem alimentos a “410 mil pessoas carenciadas”, exemplifica a instituição de solidariedade
No seu sítio na internet, o Banco Alimentar Contra a Fome adianta que, em cerca de 2000 lojas, em Portugal continental e ilhas, vão estar “mais de 42 mil voluntários” que não ficaram “indiferentes” e associaram-se a esta “causa social”.
A campanha presencial deste sábado e domingo conta com um “novo” saco de papel “mais ecológico” e alia a doação a um “comportamento mais sustentável e amigo do ambiente”.
CR/Ecclesia