Dirigentes justificam dificuldades das famílias agravadas pelo desemprego e falta de condições
A Cáritas angariou 300 mil euros durante o seu peditório anual, um valor mais baixo do que o conseguido no ano passado, descida que a entidade relaciona com a crise económica e o desemprego entre os portugueses.
“Este ano houve uma diminuição de 8,5% face a 2014, o que pode ser justificado pelas dificuldades económicas e desemprego que têm afetado a população portuguesa”, explica uma informação hoje divulgada pela Cáritas.
No entanto, apesar dos problemas, “os portugueses continuam a contribuir para ajudar quem mais precisa”, realça a Cáritas.
A campanha de angariação realizou-se entre 05 e 08 de março e abrangeu todo o país, tendo conseguido um total de 300.098,92 euros, uma verba que se destina “exclusivamente ao apoio social prestado pelas Cáritas Diocesanas” e, por isso, a Cáritas agradece o apoio prestado pelos portugueses.
O peditório integrou-se na Semana Nacional Cáritas, que tem como objetivo a angariação de fundos para minorar as dificuldades sociais das pessoas e famílias ajudadas por cada uma das Cáritas Diocesanas, e envolveu perto de quatro mil voluntários, distribuídos por todo o país.
Em 2014, a Cáritas apoiou mais de 160.000 pessoas, integradas em 63.059 agregados familiares.
Também na diocese de Angra o peditório de rua da Cáritas da Terceira baixou cerca de 30%, como já tinha avançado o Sítio Igreja Açores.
“As pessoas já não têm muito para dar, a situação é muito difícil e, por isso, é natural que os donativos sejam em menor quantidade, quer em dinheiro quer em géneros”, referiu a dirigente que é também a responsável diocesana da Cáritas, Anabela Borba.
CR/Lusa