D. António está em visita Pastoral à ilha e já reuniu com a assembleia de leigos.
A ação dos movimentos sócio caritativos da Graciosa tem conseguido responder às várias solicitações, mas a “falta de emprego” na ilha foi um dos principais problemas debatidos na Assembleia de Leigos que se realizou ontem à tarde na Casa do Povo da Guadalupe, que contou com cerca de sete dezenas de participantes.
Durante hora e meia, o Bispo de Angra e os representantes dos vários movimentos da ilha debateram questões relacionadas com a Igreja e a sua ação, particularmente no que respeita à ação sócio caritativa que é cada vez mais solicitada dada a crise económica e financeira que está a contribuir para uma desestabilização das famílias.
Segundo os representantes dos movimentos que prestam este auxílio no terreno – Cáritas da Graciosa, Vicentinas de Santa Cruz, Centro Social e Paroquial da Luz (com um gabinete de apoio à vítima de violência doméstica) e Misericórdias- a resposta tem “chegado” porque a ilha é pequena “e ainda não se vê a situação de pobreza extrema que grassa noutros locais”.
O Próprio Ouvidor da ilha, Pe Sérgio Mendonça, disse ao Portal da Diocese que o facto da ilha ser pequena e de todos estarem muitos próximos faz com que “haja um sentido de entreajuda” que impede essas situações mais preocupantes e a resposta “tem sido suficiente”.
Durante a reunião entre o Bispo e os leigos foi abordada também a situação da Igreja do ponto de vista organizativo e pastoral com os que estão mais diretamente ligados à organização da catequese a reclamarem uma maior intervenção junto dos adultos nomeadamente dos pais que têm filhos na catequese.
“A catequese está bem organizada para a infância e para a adolescência mas importa catequisar os pais que estão muito ausentes” disse ainda Sérgio Mendonça.
De resto, a importância da palavra e da Nova Evangelização, foi um dos principais motes para esta Assembleia de Leigos.
O Bispo de Angra lembra que a Nova Evangelização “é para todos, inclusive os que estão dentro da Igreja”.
Para o Prelado açoriano, “nenhum cristão pode transmitir fé senão a viver” porque a fé para ser acolhida “depende do testemunho que damos” dentro da Igreja uma vez que a ”nossa é a fé da igreja e na Igreja”.
D. António de Sousa Braga encontra-se desde sábado na ilha Graciosa onde vai permanecer até à próxima quinta feira, numa visita pastoral pontuada pela confirmação dos sacramentos do crisma em São Mateus e em Santa Cruz e pela visita a várias instituições de cariz social. Amanhã terá um encontro formal com todo o clero da ilha branca.
Esta segunda feira o Bispo de Angra presidiu à celebração eucarística com a administração da unção dos doentes institucionalizados no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz.