Irmãs de São José de Cluny chegaram aos Açores no final do século XIX

As primeiras religiosas eram francesas; o Colégio de São Francisco Xavier ainda hoje é conhecido como o “Colégio das Mères”

As Religiosas de São José de Cluny, Congregação fundada por Ana Maria Javouhé, francesa, chegaram pela primeira vez aos Açores em 1893.

Formaram primeiro uma escola e depois deram apoio aos jovens carenciados através do Lar da Mãe de Deus, que acolhia crianças desfavorecidas e excluídas pelas famílias.

Hoje, por decisão da província, estão apenas a trabalhar na área da educação e mantém o Colégio de São Francisco Xavier, em Ponta Delgada que acolhe mais de 400 crianças desde o berçário até ao quarto ano de escolaridade.

A Congregação tem como lema “estar em toda a parte onde há bem a fazer e dor a aliviar”.

As Irmãs e os leigos – associados, jovens cluny, amigos, candidatas à Congregação, colaboradores… – procuram cumprir à risca o desafio de trabalhar de acordo com esses ensinamentos procurando sempre honrar a “Vontade de Deus que é que todos se salvem”.

A Congregação nasceu em França e teve a sua primeira internacionalização em 1881 quando a Casa Mãe, em Paris, é contactada para disponibilizar Irmãs para irem para Angola a fim de trabalharem enquanto missionárias com os Padres do Espírito Santo.

Chega a Lisboa um pequeno grupo de Irmãs que foram hospedadas nas Irmãs de S. Vicente de Paulo, depois nas Dominicanas, em Benfica, e posteriormente num convento de Carmelitas em Carnide, que o governo português pôs à sua disposição. Aí se dedicaram à formação de Religiosas missionárias destinadas às missões de Angola.

Em Novembro de 1885 fundou-se uma segunda comunidade em Tentúgal – Coimbra- sempre com a mesma finalidade: formar Irmãs para as missões portuguesas. Seguiram-se outras fundações…no Norte.

Em 1891 abriu-se em Lisboa o primeiro Estabelecimento de Ensino. Esta foi a “Casa Mãe” do Instituto em Portugal. Outras fundações se sucederam. Com a república, em 1910, foram expulsas de Portugal e só regressaram 11 anos depois, inaugurando uma casa na Anadia.

Entre 1922 e 1966, abriram-se 20 comunidades. Posteriormente abriram-se outras, fecharam-se algumas e hoje a Província Portuguesa é constituída por 21 comunidades com um total 199 Irmãs que, “seguindo o Carisma confiado à Fundadora, realiza a Obra de Deus nos vários sectores das suas atividades: Educação, pastoral Paroquial, Solidariedade Social, Saúde e Idosos”.

A ação evangelizadora da Congregação atinge crianças, adolescentes, jovens, adultos… O campo de missão é vasto.

“É a Obra de Deus que realizamos… e quando é verdadeiramente por Deus que trabalhamos, Ele duplica as nossas forças conforme as necessidades”, dizia a  Madre Fundadora.

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