Projeto iniciado em Abril conta com registo histórico e fotográfico da maioria das igrejas e capelas da Diocese de Angra.
O Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA) já tem na sua base de dados o registo de 542 imóveis no arquipélago dos Açores, na sua maioria igrejas e capelas que integram a Diocese de Angra.
O trabalho, no âmbito de uma parceria entre a Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, está a ser desenvolvido de forma “sistemática” desde Abril e “tem procurado completar quer em termos de informação histórica quer em termos de informação fotográfica o acervo que já estava sinalizado ou que se inventariou de novo”, disse ao Portal da Diocese João Paulo Constância, membro da Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja.
Este programa, de âmbito nacional, a que a Diocese de Angra aderiu em Maio, através da celebração de um protocolo, consiste em inventariar e alimentar a base de dados sobre o Património móvel e imóvel da Igreja, a nível do país.
“O trabalho que estamos a desenvolver neste momento tem sido importante porque tem mobilizado toda a Diocese”, diz João Paulo Constância precisando que o projeto tem permitido “ultrapassar e suprir algumas lacunas” e assim “valorizar mais este património tão importante do arquipélago”, sobretudo nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria, onde a informação era praticamente inexistente.
Além de datar os imóveis, as descrições são bastante “exaustivas” descrevendo ao pormenor a informação sobre as características dos imóveis, a sua contextualização e enquadramento na área circundante.
Este projeto que já está em execução é apenas um dos projetos que a Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja, presidida por Duarte Melo, tem entre mãos.
Em declarações ao Portal da Diocese, Duarte Melo lembrou que o trabalho desta Comissão é “desenvolver esforços para inventariar, salvaguardar e valorizar” todo o património diocesano, inclusive “fazer o levantamento de peças emblemáticas em cada uma das Ouvidorias” por forma a “destacar e valorizar” aquilo que existe em cada igreja dos Açores com vista à elaboração de futuros roteiros que sirvam de guias turísticos a quem visita a região.