Avanço dos fundamentalistas islâmicos foi discutido entre líderes da diplomacia de Portugal e da Santa Sé
O Papa condenou hoje o assassinato de 21 cristãos coptas egípcios na Líbia, às mãos de jihadistas que alegam fazer parte do autoproclamado ‘Estado Islâmico’.
“Foram assassinados apenas pelo simples facto de serem cristãos”, disse, no final de um encontro com representantes da Igreja da Escócia.
“O sangue dos nossos irmãos cristãos é um testemunho que grita. Pouco importa que sejam católicos, ortodoxos, luteranos, coptas: são cristãos e o sangue é o mesmo, o sangue confessa Cristo”, acrescentou.
Francisco pediu que o exemplo destes cristãos ajude as várias Igrejas a “prosseguir” no diálogo ecuménico.
“Os mártires são de todos os cristãos”, precisou, numa parte do discurso que foi improvisada, em espanhol, para manifestar “um profundo e triste sentimento”.
A aviação egípcia começou hoje a bombardear posições de grupos que se uniram ao autoproclamado Estado Islâmico na Líbia, horas depois de os jihadistas terem divulgado um vídeo com a decapitação de 21 cristãos coptas egípcios, sequestrados em janeiro.
A situação foi abordada num encontro que decorreu esta manhã entre ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e o secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, o arcebispo britânico D. Paul Richard Gallagher.
“A questão dos cristãos coptas reforça ainda mais a preocupação do Vaticano”, relatou Machete à Agência ECCLESIA.
O responsável disse ainda que neste encontro o executivo português quis manifestar à Santa Sé “satisfação e alegria” pela criação do patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, como cardeal.
CR/Ecclesia