Cáritas Portuguesa reunida em Conselho Geral nos Açores

“Que este conselho seja uma injeção de esperança:  alguém me amou, alguém me escutou”- D. Armando Esteves Domingues

Foto: Igreja Açores/CR

O bispo de Angra afirmou esta tarde que a Cáritas é o exemplo da democratização da ação evangelizadora da Igreja, na breve alocução que dirigiu aos membros do Conselho Geral da Cáritas, que está reunido hoje e amanhã no hotel de Santa catarina, em Angra do Heroísmo.

“A Cáritas é o exemplo da democratização da missão evangelizadora da Igreja que é colocar na mão de todos a solução de problemas variados a que todos somos interpelados a dar resposta”, afirmou D. Armando Esteves Domingues no arranque dos trabalhos, que na sessão de abertura contou com a presença da presidente da Cáritas portuguesa, Rita Valadas, da presidente da Cáritas diocesana de Angra, Anabela Borba e ainda com as presenças de Mónica Seidi e Fátima Amorim em representação do Governo Regional dos Açores e da Câmara Municipal de Angra, respetivamente.

Como cristãos, prosseguiu o bispo de Angra,  “não podemos esgotar-nos na liturgia, nas celebrações nem na catequese sistemática de livro. Se não houver uma escuta permanente do irmão, daquele que está na sombra, que é excluído,  se não lhe dermos a mão, não estaremos a cumprir o evangelho” disse o prelado diocesano, depois de afirmar a importância da realização deste conselho na Diocese, facto que ressalvou também na sua mensagem para esta Quaresma.

“Que este Conselho seja uma injeção de esperança e que os mais pobres possam também dizer: alguém me amou, alguém me escutou” frisou D. Armando Esteves Domingues destacando o valor da escuta como a primeira expressão do amor.

“Na  diversidade de culturas e de desafios é preciso encontrar caminhos. Não é só a técnica que salva a pessoa” alertou o bispo de Angra, frisando que a missão da Cáritas “é ser presença da Igreja no terreno”

“Nos  Açores estamos em oito  das nove ilhas e a finalidade é fazer com que no terreno esta proximidade da caridade, que é expressão da compaixão, seja estimulada e a Cáritas é, sem dúvida, uma alavanca importante”, disse ainda o prelado .

“Precisamos de respostas concertadas, concretas e adequadas a cada realidade. Numas ilhas , porventura, a resposta é de cariz mais assistencialista, mas noutras já são respostas viradas para a promoção da pessoa, a defesa da justiça e da fraternidade”.

“O que é importante é dizer que não pode haver comunidade onde os que lá estão não sejam os primeiros a preocuparem-se com os mais carenciados” enfatizou salientado que “todos são importantes.

“É uma honra e oportunidade ter aqui esta rede Cáritas, com quase todas as dioceses aqui presentes. A Cáritas nos Açores tem conseguido ganhar crédito e apreço da sociedade civil”, referiu ainda.

“Que este conselho possa trazer desafios novos e uma esperança nova neste ano jubilar da esperança e nele temos muitas esperanças”, disse ainda o prelado diocesano que amanhã presidirá ao encerramento dos trabalhos que terminam com a celebração da eucaristia na Sé.

D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, não estará presente no encontro mas deixou uma mensagem em vídeo apelando a que “este tempo de Quaresma é um desafio a um aperfeiçoamento e renovação interior para aquilo que é o bem do mundo. Que este tempo seja uma oportunidade para acrescermos em generosidade e boa vontade para crescermos na feitura do bem”.

Às 21h00, a decorrer no Auditório do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, realiza-se a conferência “Desafios da Ação Social de Proximidade”, pela secretária-geral da Cáritas de Espanha Natalia Peiro.

O conselho geral da Cáritas é um órgão onde está representada a direção da Cáritas e todos os secretariados diocesanos da rede Cáritas onde se aprovam os documentos da vida interna da instituição como relatórios de atividades, relatórios contas, entre outros.

Diocese de Angra acolhe reunião do Conselho Geral da Cáritas

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