Novo Tea Bêrit no Santuário da Senhora da Paz insere-se num conjunto de quatro encontros formativos promovidos pela Ouvidoria de Vila Franca do campo sobre a Esperança
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O que é a esperança, no concreto, no Antigo e no Novo Testamento, foi a descodificação que o padre Teodoro Medeiros, doutor em Sagrada Escritura, procurou desenvolver esta noite, no segundo de quatro momentos formativos propostos pela ouvidoria de Vila Franca do Campo, designados de `Tea Bêrit´, com lugar no Santuário de Nossa Senhora da Paz.
“Nós estamos no Jubileu da Esperança mas é preciso ir ao concreto para que as pessoas possam perceber o que é a esperança cristã, do que estamos a falar” disse o padre Teodoro Medeiros.
“No Antigo Testamento quando se fala de esperança – a esperança de Job- fala-se numa esperança retributiva quase ao nível da justiça; já no Novo testamento Paulo, em duas ocasiões- na Carta aos Tessalonicenses e depois na Carta aos Romanos- aponta para uma ideia de futuro, uma esperança projetada em toda a criação”, explicou o sacerdote que é professor do Seminário Episcopal de Angra e pároco na Terra Chã, na ilha Terceira.
“Sintonizada com o acontecimento da cruz e com a ressurreição de Jesus esta é a esperança que não engana” como diz a primeira Carta aos Romanos que inspirou o lema deste ano Santo Jubilar.
“Aquilo que vai acontecer Deus garante que vai acontecer; não são os nossos projectos que se vão realizar mas os projectos de Deus” prosseguiu a explicação do sacerdote.
“Quando rezamos, por exemplo, é o próprio projeto de Deus que fala” recorda.
“A esperança não é só o que eu quero; é a concretização do plano de Deus, que se revelou na cruz do seu filho. Não é um plano triunfal, é até aquilo que pode aparecer como derrota” concluiu ainda o sacerdote.
“A esperança cristã não pode ser vista como um ganho ou uma perda… Deus está e é nisso que devemos confiar” concluiu seguindo-se depois um diálogo com a assembleia.
O próximos dois encontros têm a ver com as novas tecnologias e a família.