Semana da Vida: Famílias devem assumir “maior protagonismo”

Maior mediatização da Semana da Vida favoreceu a reflexão diz responsável da diocese de Angra pela Pastoral Familiar e Laicado.

A Semana da Vida que terminou ontem correu de forma “positiva” e, sobretudo, colocou no centro da reflexão a problemática da família, disse esta segunda-feira ao Portal da Diocese o responsável pelo Serviço Diocesano de Apoio à Pastoral da Família e Laicado, Pe José Constância.

 

Em jeito de balanço, o sacerdote, que é também ouvidor de Ponta Delgada, onde para além de três momentos específicos de oração pela vida e pelas famílias, realizaram-se duas conferências, sublinhou a importância da mediatização deste evento como forma de incentivar o debate sobre a família.

 

“A semana da vida até pelo tema que propunha- Gerar vida, construir futuro- foi mais falada e celebrada e colocou a problemática da vida e da família de uma forma muito atual e isso é extremamente positivo”, frisou José Medeiros Constância.

 

Em Ponta Delgada, a Semana da vida teve dois momentos altos com a realização de duas conferências que refletiram sobre esta temática- vida e família- organizadas em conjunto pelos Serviços Diocesanos da pastoral da família e da saúde, que debateram as questões da família no mundo moderno e a celebração da vida, na luta e resistência contra a doença.

 

“Até por isso foi importante esta semana porque revelou bem como podemos trabalhar de forma articulada com resultados objetivos”, destacou o sacerdote lembrando que a Igreja está num caminho sinodal e agora é preciso dar um passo em frente, aproveitando “a boleia” da carta do Santo Padre às famílias de todos o mundo.

 

“Temos de ser capazes de dar protagonismo à família, coloca-la como sujeito da pastoral familiar e isso significa que as próprias famílias têm de se sentir motivadas para tomarem nas suas mãos, a nível de paróquias, das ouvidorias e da diocese, o que é necessário para elas próprias. E, isso começa pelas próprias famílias procederem a uma análise sobre a forma como se desenvolvem enquanto igreja doméstica”, refere José Constância.

 

A Semana da Vida decorreu entre 11 e 18 de maio e teve por objetivo debater as questões relacionadas com o inverno demográfico que o país e a região atravessam bem como as condições concretas que as famílias enfrentam neste tempo de crise, em que existem também novas realidades para as quais a Igreja tem de encontrar uma resposta.

 

Já esta manhã, o Patriarca de Lisboa apelou às famílias da diocese para que assumam as propostas da Igreja face ao surgimento de novas “formas de conjugalidade” que contrariam a “complementaridade masculino-feminino” e a “abertura à geração de filhos”.

 

“Há quem duvide, hoje em dia, de que a família, biblicamente compreendida, seja viável. Aumentam as uniões de facto e propõem-se outras formas de ‘conjugalidade’, que contrariam a proposta bíblica e a tradição da humanidade em geral”, escreve D. Manuel Clemente, numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, a propósito da festa da diocese de Lisboa destinada a comemorar a família.

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