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O Papa encontra-se com “prognóstico reservado” no Hospital Gemelli, onde está internado desde 14 de fevereiro, após uma nova crise asmática.
“O estado do Santo Padre continua a ser crítico, portanto, como explicado ontem, o Papa não está fora de perigo. Esta manhã o Papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática prolongada, que exigiu também a aplicação de oxigénio de alto débito”, refere uma nota enviada esta tarde aos jornalistas pelo Vaticano.
Segundo a nota com informações clínicas, as análises sanguíneas de hoje revelaram também uma “plaquetopénia” (a diminuição do número de plaquetas no sangue), associada a uma anemia, que exigiu a administração de transfusões de sangue.
“O Santo Padre continua alerta e passou o dia numa poltrona, embora com mais dores do que ontem”, conclui a nota.
O cirurgião Sergio Alfari, que coordena a equipa que trata o Papa no Hospital Gemelli, disse esta sexta-feira que Francisco não corria “perigo de vida”, no imediato, mas admitiu que a situação continuava a ser grave.
O médico italiano, que operou Francisco em junho de 2023, sublinhou a gravidade da pneumonia bilateral, com infeção polimicrobiana “importante”, provocada por vírus, fungos e bactérias.
O Papa encontra-se no 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli que o recebeu anteriormente, bem como a São João Paulo II, em sete ocasiões.
O quarto internamento do atual pontífice começou a 14 de fevereiro, na sequência da “exacerbação da bronquite” que o vinha a afetar, segundo nota oficial do Vaticano.
Já a 29 de março 2023, Francisco tinha sido internado no Gemelli, por causa de uma infeção respiratória, tendo recebido alta a 1 de abril.
O mesmo hospital viria a recebê-lo, três meses depois, para uma operação a uma hérnia abdominal, tendo ficado internado entre 7 e 16 de junho.
A 4 de julho de 2021, também no Hospital Gemelli, o Papa tinha sido submetido a outra intervenção, por causa de uma “estenose diverticular sintomática do cólon”, permanecendo internado durante dez dias.
Jorge Mario Bergoglio, de 88 anos, é natural de Buenos Aires, na Argentina; na sua juventude, foi operado a um pulmão, parcialmente retirado.
A 13 de março de 2013 foi eleito como sucessor de Bento XVI, escolhendo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja Católica e também o primeiro pontífice sul-americano.