Esta terça-feira será lançada e benzida a primeira pedra
Foi benzida e lançada esta manhã a primeira pedra da obra de ampliação do Centro Social e Paroquial de Santo Antão que passará a ter a designação de Centro Intergeracional de Santo Antão.
O arranque da obra está agendado para a próxima segunda-feira, dia 3 de fevereiro.
Com esta obra, o concelho da Calheta, na ilha de São Jorge, terá um centro intergeracional de referência para servir as populações das freguesias do Topo e de Santo Antão, que se encontram mais afastadas geograficamente do resto da ilha.
A construção deste novo edifício irá compreender uma creche com capacidade para 30 vagas, um estabelecimento de educação pré-escolar com 20 vagas, um centro de atividades de tempos livres (CATL) para 20 vagas, um centro de dia com 20 vagas e um serviço de apoio domiciliário (SAD) com capacidade para servir 40 utentes.
Com um prazo de execução previsto de 18 meses, esta empreitada contará com financiamento do Programa Açores 2030.
Incluindo o projeto, a empreitada, a fiscalização, o equipamento e outras despesas, a construção do Centro Intergeracional de Santo Antão implica um investimento global de €3.894.990,00, financiado pela Vice-Presidência do Governo Regional.
O protocolo de cooperação com a Igreja foi assinado em setembro de 2023.
Na ocasião, o padre Dinis Silveira, responsável pelo Centro, em declarações ao Sítio Igreja Açores, afirmou que esta obra seria um sinal de esperança dado que as instalações atuais “estão muito degradadas e não seria possível continuar a prestar os cuidados em quantidade e qualidade” prestados até agora. Além disso, acrescentou, este novo espaço irá permitir dar novas respostas numa zona carenciada, abrindo a possibilidade de “criação de novos postos de trabalho”.
Atualmente o centro Social e Paroquial de Santo Antão tem um Centro de Dia que recebe diariamente duas dezenas de idosos e presta apoio domiciliário na higiene e no fornecimento de refeições a cerca de 50 utentes, que recebem duas refeições por dia. Acresce a valência de ATL com 20 crianças, diariamente, além do apoio à ecoteca da escola.
A “casa”, pensada e construída há 64 anos pelo padre José da Costa Leonardo, foi sempre gerida pela Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus, que chegou à ilha dois anos depois da sua abertura, em 1958 e hoje ainda permanece na ilha com três irmãs.
Começou por ser um centro de apoio a idosos e evoluiu depois do sismo de 80 para o apoio à infância primeiro com jardim de infância e depois a creche.
Santo Antão é uma paróquia da ouvidoria de São Jorge, na ponta leste da ilha, uma das mais isoladas. Inicialmente, o povoado de Santo Antão era um dos lugares da vila do Topo. Em 1889, passou a freguesia e a paróquia. A atual igreja é fruto de uma reconstrução depois de ter sido destruída por completo na sequência do sismo de 1980 que abalou as ilhas Terceira e de São Jorge.