D. Armando Esteves Domingues assumiu formalmente a diocese no dia 15 de janeiro de 2023
A Diocese de Angra assinala esta quarta-feira o segundo aniversário da entrada do 40º bispo diocesano, D. Armando Esteves Domingues, que iniciou o seu ministério episcopal nos dias 14 e 15 de Janeiro de 2023, depois da diocese ter estado quase dois anos em sede vacante.
O fortalecimento da unidade dentro da Igreja, dispersa geograficamente, procurando promover sempre a comunhão eclesial, encorajando o clero e os leigos a trabalharem sinodalmente nas diferentes estruturas da Igreja e em diálogo com a sociedade açoriana, tem sido uma dimensão prioritária deste episcopado, neste segundo ano marcado pelo início das visitas pastorais.
Se no primeiro ano a prioridade foi a juventude, até pela proximidade à Jornada Mundial que Lisboa acolheria no mês de agosto, o que o levou a todas as ilhas para aproveitar todos os momentos para estar com os jovens, incentivando-os a uma maior participação e compromisso, este segundo ano de episcopado pautou-se pela proximidade às comunidades em geral e já com uma dinâmica de olhos postos no futuro delineando novos caminhos para a Igreja diocesana.
A Carta ao Povo de Deus que dirigiu a todos os diocesanos na véspera de iniciar a visita pastoral à ilha das Flores, a mais periférica e por isso também simbolicamente a primeira a ser visitada, é a pedra de toque deste episcopado: a transformação das estruturas locais e a aproximação das pessoas à Igreja, procurando sempre o compromisso com a paz e a harmonia nas relações humanas e espirituais. Aliás, esta carta vem no seguimento das duas primeiras declarações proferidas por D. Armando Esteves Domingues aquando da sua nomeação pelo Papa Francisco e na homilia da concelebração na Sé, no dia da sua entrada na diocese de Angra assumindo como seu o “sonho do Papa Francisco para a Igreja”.
“Que Igreja queremos daqui a 10 anos? Sonhemos juntos para esta nossa diocese a Igreja da Esperança, capaz de galvanizar a todos. A Igreja nas suas expressões, não existe para si própria. Se a Igreja é a nossa casa, o irmão é a nossa vocação e missão”, referiu no dia 15 de janeiro de 2023 na Catedral, pedindo aos sacerdotes “unidade, criatividade e capacidade de gerar vida e atrair vidas renovadas”, “homens de esperança e não acomodados e menos ainda desanimados”.
No dia em que a Diocese celebrou os 490 anos, o prelado insistiu na ideia de que a Igreja, nos Açores, pode ser a força motriz da mudança.
“A Igreja tem sido a força motriz da fé que une os açorianos e, podemos dizê-lo com propriedade, um dos maiores contributos para a promoção da própria coesão da Região Autónoma dada a sua presença capilar em cada canto do arquipélago” afirmou, destacando a “nova e exigente etapa de evangelização”, com 10 anos decisivos pela frente até aos 500 anos.
“O Jubileu de que recebereis abundantes propostas, seja um `canto de esperança´ para a nossa Igreja local. Que as peregrinações sejam `um motor espiritual´ para renovar a vida da Igreja que quer prestar cada vez mais – com a graça da caridade – um serviço de paz para o mundo”.
“Que saibamos transmitir vida, que é um sinal de esperança, para pessoas que experimentam diferentes formas de sofrimento, para os presos, para os doentes e suas famílias, para os “jovens sem esperança”, para os exilados, refugiados e deslocados, para os idosos que experimentam a solidão, para todos os pobres”, conclui o prelado diocesano.
Neste ano de 2024, especialmente dedicado à oração, o bispo de Angra realizou duas visitas pastorais, num modelo diferente e fora de grandes celebrações , procurando, a cima de tudo, estar com as pessoas, “escutá-las e gastar tempo com elas”.
Esta nova marca, iniciada na ilha das Flores e depois prosseguida em São Jorge está expressa na carta ao Povo de Deus: “Vamos fortalecer a comunhão fraterna entre nós para nascerem as estruturas necessárias, e se relançar a esperança numa Igreja mais ministerial e missionária.”
“Somos companheiros da mesma viagem” afirma, na carta ao Povo de Deus que é inspirada nos discípulos de Emaús no Evangelho de Lucas, onde os diocesanos- padres, diáconos, religiosos e religiosas, movimentos e serviços, crentes e pessoas de boa vontade- foram convidados a encontrar a mesma esperança no Ressuscitado, que os discípulos encontraram.
“Para nós, Igreja açoriana, encetar caminhos de esperança pede o passo, mesmo se pesado, de cada um; precisa da palavra, mesmo se triste, de cada caminhante; precisa de coração aberto à escuta de uma outra Palavra; precisa de coração quente e não apenas de mente e lógica humanas; precisa do Ressuscitado na história de cada um para dar sentido ao que é comum”, desenvolve.
D.Armando Esteves Domingues assinalou também a “perda da vivacidade comunitária nas paróquias” e indica a necessidade de um maior e melhor acolhimento “a quem é diferente, a quem tem necessidades especiais” e “quer ser incluído”.
“Há muitas razões para a esperança; há muitas sementes; desejo agradecer tudo o que se faz e perceber as dificuldades e sinais de crise para discernirmos em conjunto os tais caminhos novos e seguir”, assinala repetindo esta ideia durante as duas visitas pastorais que realizou em outubro às Flores e em dezembro a São Jorge. No final, ambas as ouvidorias assumiram o compromisso, firmado por todos os membros dos respetivos Conselhos Pastorais no sentido de aprofundar a comunhão eclesial, entre leigos e sacerdotes, procurando uma nova reorganização das estruturas e serviços, que no caso específico de São Jorge passa pela criação da unidades pastorais.
A proximidade e a escuta têm sido as marcas deste episcopado, com a iniciativa “Porta aberta” a funcionar de maneira sistemática, em todas as ilhas. Também no governo da diocese, este episcopado tem sido marcado pela sinodalidade bem expressa nas duas reuniões dos conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano, dois órgãos consultivos do bispo, que à priori assumiu que todas as decisões que ali fossem sugeridas seriam por ele tomadas.
Por isso, o Bispo, a Equipa Formadora do Seminário e o Conselho Presbiteral anuíram numa decisão há muito pensada mas que ainda não tinha sido posta em prática: o envio, em 2024, dos seminaristas açorianos para o continente, com a escolha a recair sobre o norte. O modelo adoptado por concordância do Conselho Presbiteral foi o do envio dos estudantes para o Seminário do Porto, onde residem e são acompanhados no seu processo de discernimento, frequentando os estudos académicos na faculdade de Teologia da Universidade Católica do Porto. Apenas o último ano de pastoral e o de estágio serão cumpridos na diocese, mantendo-se a articulação entre os dois seminários. Futuramente, os jovens candidatos ao sacerdócio poderão fazer também o ano zero ou propedêutico nos Açores se houver um número que o justifique. Deste leque de alunos que já estava no seminário, apenas um permanece em Angra a completar o sexénio, mas já a viver fora do Seminário, acompanhando a vida pastoral de um sacerdote.
Este segundo ano de episcopado foi marcado pelas primeiras ordenações presididas pelo bispo de Angra: primeiro as diaconais e depois as sacerdotais. Os três novos padres foram integralmente formados no Seminário de Angra e cumpriram previamente o ano de estágio, antes do diaconado.
“Num mundo marcado pela desconfiança em relação às instituições, as pessoas precisam de quem as não disperse ou confunda como acontece com certos críticos do Concílio Vaticano II de que está cheia a Internet ou outros que põem em causa os papas depois do Concílio, a sua eclesiologia e liturgia. Sede padres de hoje, sonhai comunidades cristãs geradas a partir da Eucaristia, do sonho de Jesus Cristo vivo nas Palavras do Evangelho e no amor a todos sem distinção” afirmou D. Armando Esteves Domingues.
“Não se trata tanto de conceber técnicas pastorais, mas de promover uma espiritualidade de comunhão que seja o princípio educativo, ‘constitutivo’, em todos os lugares onde o homem e o cristão se configuram. É como dizer: ‘parem tudo, se não há comunhão’ ou, ‘sem unidade não falem de Deus!’”, afirmou o prelado.
Foram, igualmente, instituídos nos ministérios de acólito e leitor o único seminarista que optou por ficar na diocese a completar os estudos e os oito candidatos ao diaconado permanente, a quem o bispo de Angra pediu disponibilidade para o serviço.
“Não olheis para o ambão e para o altar como único lugar para o vosso serviço. E que o vosso modelo seja Cristo e nenhuma novidade, mais nada nem ninguém. Não permitis que o vosso eu obscureça Deus”, pediu o responsável diocesano.
D. Armando Esteves Domingues assinalou que a instituição no ministério de leitor e acólito “é sobretudo uma valorização dos ministérios laicais”, de forma que se torne “laboratório pastoral para uma ampla e renovada ministerialidade”. O incentivo e a valorização dos ministérios laicais têm sido, de resto, expressões recorrentes nas intervenções do bispo de Angra.
Foi no segundo ano do seu episcopado que reuniu pela primeira vez o Conselho Pastoral Diocesano, seguindo já a metodologia formal das duas sessões da XVI Assembleia do Sínodo, privilegiando o trabalho de grupo e a conversação do Espírito, de onde ressoou a necessidade da escolha de leigos para a coordenação de algumas estruturas pastorais, como os conselhos pastorais e os conselhos de assuntos económicos, cuja observância em todas as paróquias foi desígnio definido pelo Laboratório da Sinodalidade.
Depois de no primeiro ano ter feito mudanças na Diocese, sobretudo ao nível da liderança, com a escolha de novo Vigário geral, um novo Vigário episcopal para o clero e formação, um novo reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, e novo reitor do Seminário Episcopal de Angra, no segundo ano criou três novos serviços diocesanos- Serviço de Coordenação da Formação Diocesana e Serviço de Coordenação pastoral e o Serviço da Palavra e Apostolado Bíblico- ; nomeou um novo responsável pelo Serviço da Pastoral da Mobilidade Humana com a criação de dois departamentos- do Turismo e das Migrações- uma realidade que merece da Igreja um novo olhar. Também a Pastoral social mudou de mãos e foi encontrado um novo modelo para a Juventude, que integra três dimensões- a pastoral juvenil, a vocacional, a universitária e a espiritual- sempre seguindo a mesma dinâmica: as direções dos serviços entregues a leigos, com a assistência de um sacerdote, numa verdadeira comunhão e corresponsabilidade.
Este segundo ano, iniciou-se igualmente a preparação do Itinerário que será seguido na diocese até à celebração do seu Jubileu dos 500 anos, em 2034, com os Secretariados Permanentes dos Conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano a trabalhar em conjunto. Estes dois órgãos estão a trabalhar com vista à preparação da Assembleia que reunirá os dois conselhos em abril de 2025.
Durante o ano e nas celebrações mais marcantes, o Bispo de Angra falou de “proximidade e abertura”, de “processos em vez de soluções”, de “caridade em vez egoísmo” e de “nova evangelização em vez de doutrina”, procurando promover o diálogo Igreja Mundo, de forma atenta às realidades sociais dos “mais desfavorecidos e negligenciados”.
“A cruz foi motivo de espetáculo para o povo das ruas como é ainda hoje em tantas vítimas inocentes, em tantas tragédias no meio das nossas cidades. Quantas tragédias são espetáculo provocado por aqueles que a todo o custo buscam lucros desmedidos, exercem o poder sem regras, massacram inocentes, explora trabalhadores, jovens, mulheres, crianças.”, disse na missa que inaugurou o tríduo pascal deste segundo ano de episcopado, na Sé.
O prelado açoriano não deixou de lembrar, durante este ano, a necessidade de um “dialógo colaborativo” entre a Igreja e as instituições da sociedade civil em vários domínios, desde logo o do património.
“O facto de o património da Igreja ser tantas vezes o património da humanidade, das culturas, dos povos, das regiões, de irmandades e associações, pede que se procurem formas de cooperação para defesa e valorização do mesmo. O diálogo entre a Igreja e a sociedade civil quer-se sempre ativo e não se compadece de obstáculos ou questões administrativas que bloqueiem decisões”, afirmou D. Armando Esteves Domingues, na abertura das comemorações dos 500 anos do Convento de São Francisco, em Ponta Delgada.
Entre os grandes desafios da Igreja dos Açores, D. Armando destaca o combate à pobreza e a necessidade de combater a resignação. Para o bispo, o Arquipélago “está a precisar muito de uma promoção daqueles que se consideram e que aceitam estar num estado de pobreza”. “Há pouca iniciativa de muitos e um acomodar ao rótulo de pobre ou de necessitado ou de carenciado”, lamenta.
O prelado defende que estes “são desafios novos que se colocam à Igreja e às sociedades”, até porque nos Açores “um dos problemas que nós vamos sentindo é o do abandono escolar, aliado a uma certa passagem de testemunho de geração em geração desta condição de pobre, de necessitado”.
“Inverter esta mentalidade é muito importante, apesar de estarmos num tempo difícil em que não conseguimos combater estes números. É uma das grandes preocupações da diocese e esperamos que neste ano próximo do Jubileu nós consigamos de uma forma mais concreta chegar aqueles que mais sofrem e que mais sós e perdidos se encontram”, defende. “É efetivamente uma grande preocupação aqui da Igreja dos Açores”, reforça, numa entrevista à Rádio Renascença.
Neste ano pastoral, o bispo regressou aos Estados Unidos, e presidiu em agosto às Grandes Festas do Divino Espírito Santo em Fall River.
“O Espírito Santo é de todos, rompe mesmo algumas aparentes barreiras criadas pela tradição ou leis canónicas”, afirmou.
“A devoção e costumes próprios destas festas, mostram como o Espírito Santo é de todos, rompe mesmo algumas aparentes barreiras criadas pela tradição ou leis canónicas. Como naquele dia de Pentecostes, precisa-se uma fé genuína que ilumine a vida e o agir; uma fé que mostre uma Igreja que, como nas origens, seja capaz de sair das portas do templo e ter uma linguagem inclusiva e percebida por todos”, disse D. Armando Esteves Domingues, na igreja do Espírito Santo de Fall River, Estado norte-americano de Massachusetts.
O bispo de Angra esteve ainda nas principais festas religiosas dos Açores, nomeadamente, tendo presidido pela primeira vez às Festas do Senhor Bom Jesus do Pico, a única festividade dos Santuários Diocesanos a que não tinha conseguido presidir no primeiro ano do seu episcopado.
“Unamo-nos pela paz, sem desânimo, para que vença a esperança sobre o desespero, maldade e morte” afirmou o prelado ao sublinhar que a Imagem que se venera neste Santuário diocesano, trazida por Francisco Ferreira Goulart, há 162 anos para que à volta dela pudesse brotar uma fonte de maior e mais útil riqueza , em vez do reluzente ouro do Brasil, é “poderosa porque o poder de Cristo vem da força do Seu amor, mais forte que a aparente fragilidade física e impotência diante do mal”.
“Sede bem-vindos, caros romeiros e peregrinos que não temeis o sacrifício, mesmo se aqui chegais de pés cansados. Subi para a transfiguração espiritual que se opera no encontro com os irmãos em Cristo, na Eucaristia” convidou o bispo de Angra que presidiu pela primeira vez a esta festa maior nas ilhas do triângulo, sob o lema da oração- “Senhor, ensina-nos a orar”, comum a todos os Santuários diocesanos.
Este segundo ano ficará igualmente marcado pela decisão de se elevar a Santuário Diocesano a Ermida de Nossa Senhora da Paz. O bispo de Angra presidiu à sua festa e deixou indicações sobre o que espera deste novo santuário: “atenção à criação deve suscitar a consciência ambiental de modo a proteger este lugar. Também aqui neste cenário maravilhoso, com horizontes largos e imaginativos a abrir o coração, convida-se ao silêncio e à oração” começou por afirmar D. Armando Esteves Domingues salientando a necessidade de uma atenção grande dos cristãos à proteção do ambiente, numa época muito marcada pelo drama ambiental.
“O meu primeiro voto é que neste futuro Santuário e nos melhoramentos que venham a ser feitos, a natureza e a arte deem passos juntos. Que aqui nasça um Santuário respeitador do ambiente, sustentável do ponto de vista ambiental de modo a que seja visível essa preocupação de harmonia entre Deus e o homem com respeito pela natureza”, disse o bispo de Angra.
“Que cada peregrino, crente ou não crente, quando aqui chegue, possa testemunhar essa harmonia e consiga obter a paz no seu coração” salientou ainda deixando um segundo voto para depois da elevação deste lugar.
“Oxalá este gesto que faremos dia 1 de janeiro de 2025 seja profético e que daqui possamos pedir sempre o fim de todas as guerras para todos os povos da terra”, exortou desafiando á construção de “lugar de espiritualidade, de oração e de conversão”, onde o “perdão seja uma das marcas mais visíveis da construção da paz”.
O “cuidado” tem sido um pedido insistente do bispo Angra, que invariavelmente nas suas homilias deixa sempre essa ressalva: “Cuidemos uns dos outros, cuidai dos membros dos grupos de que fazeis parte, mas sempre e todos a olhar para o mundo à vossa volta. Nunca fechados! Fechados, morremos”.
“Nós como cristãos assumimos esta responsabilidade, não só com o próximo, mas com o mundo e com o nosso ecossistema. É o respeito pelos seres vivos, pelo equilíbrio em tudo o que está à nossa volta, assumindo a responsabilidade, também de cuidar da casa comum”.
Na Conferência Episcopal Portuguesa, D. Armando Esteves Domingues preside à Comissão Missão e Nova Evangelização. E foi nessa qualidade que em Roma, no âmbito da Visita Ad Limina dos Bispos portugueses coordenou uma série de reuniões com o Dicastério respeito. Na bagagem levou “cada homem e mulher dos Açores” e de lá trouxe duas certezas: “A evangelização é um trabalho de todos” e o encontro com o papa foi “um bálsamo de simplicidade”
D. Armando Esteves Domingues foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 3 de novembro de 2022 como 40.º bispo de Angra, uma diocese criada em 1534 pelo Papa Paulo III, através da Bula ‘Aequum Reputamus’, que actualmente está organizada em três vigararias, que abarcam 17 ouvidorias: sete delas correspondem à respectiva ilha – Faial, Pico, São Jorge, Flores, Corvo, Graciosa e Santa Maria; somam-se oito ouvidorias na ilha de São Miguel – Ponta Delgada, Nordeste, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Fenais da Vera Cruz, Capelas e Lagoa – e duas também na ilha Terceira – Angra e Praia da Vitória.
A entrada de D. Armando Esteves Domingues na diocese de Angra foi o principal acontecimento da Igreja insular em 2023, que acolheu a quase totalidade dos bispos diocesanos em funções e alguns auxiliares que não deixaram de acompanhar D. Armando Esteves Domingues no seu sim à Igreja açoriana.
A tomada de posse realizou-se no dia 14, diante do Colégio de Consultores e a entrada formal na Sé aconteceu um dia depois retomando uma tradição antiga na diocese insular: o bispo `entra´ na cidade a partir do cais da Alfândega, sobe em cortejo pelas ruas do coração de Angra e entra na sua catedral.
A tradição, cumprida também pelo seu conterrâneo D. João Maria Pereira do Amaral e Pimentel, 28.º bispo de Angra, foi mantida até aos dias de hoje pelos bispos titulares da diocese.
O responsável, até então auxiliar da Diocese do Porto, nasceu a 10 de março de 1957 em Oleiros, Diocese de Portalegre-Castelo Branco; em outubro de 1967 entrou no Seminário Menor de Viseu, em Fornos de Algodres, tendo concluído os estudos no Seminário Maior de Viseu em 1980.
Foi ordenado padre a 13 de janeiro de 1982, na Diocese de Viseu, por um bispo natural dos Açores, desempenhou funções como pároco, professor e EMRC, assistente regional do Corpo Nacional de Escutas, do Movimento de Educadores Católicos e do Movimento Equipas de Nossa Senhora.