As nove Igrejas Jubilares recebem peregrinações e têm disponíveis propostas de oração no seu interior
A diocese de Angra celebra a abertura do Ano Jubilar de 2025, este domingo, depois de na noite de Natal, o Papa Francisco ter aberto, em Roma, a primeira Porta Santa deste Jubileu que tem como mote a esperança.
Com o tema “Todos Todos, Todos, Caminhar na Esperança” o Jubileu vai marcar a vida e as dinâmicas celebrativas de toda a diocese, dando cumprimento ao desafio do Papa de que, neste ano, a Igreja celebre e viva a esperança, especialmente, nos Santuários que são lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança. E, nesta dinâmica jubilar há três santuários diocesanos que serão Igrejas Jubilares nas suas ilhas: em são Miguel, o Santuário do Senhor Santo Cristo; em São Jorge, o Santuário do Senhor Santo Cristo da Caldeira e no Pico o Santuário do Senhor Bom Jesus Milagroso.
Haverá mais seis Igrejas Jubilares, uma em cada ilha: quatro delas são Igrejas Matrizes; só Santa Maria e Fail têm duas igrejas fora desta designação. No Caso do Faial é a Igreja da Praia do Almoxarife e em Santa Maria, a da Almagreira.
A preparação deste ano foi o grande desafio do ano que agora termina, tendo a oração por mote.
A celebração de abertura do Jubileu será presidida pelo bispo de Angra na Catedral, com inicio às 17h30, com uma procissão entre a Igreja da Misericórdia e a Sé, em Angra. Estão convidados todos os movimentos, serviços, sacerdotes e religiosos e, especialmente, as famílias já que este é o Dia da Sagrada Família. A Eucaristia solene será às 18h00, na Sé de Angra.
“Estão convidados todos os movimentos, serviços e grupos da ilha Terceira, em especial as famílias. Todo o Povo de Deus deve integrar-se na procissão, sem grande formalidade, mas afirmando a sua fé, como expressão do que deve ser o nosso jubileu: um povo em caminho, junto” afirmou ao Igreja Açores o cónego Hélder Miranda Alexandra, pároco da Sé que juntamente com o Grupo Coordenador do Jubileu na diocese está a organizar a abertura formal do Ano Santo na Catedral. Os Açores, por causa da sua geografia, terão uma Igreja jubilar em todas as ilhas e neste dia também elas abrirão portas de forma solene.
“Os ritos estão definidos para toda a Igreja e, no nosso caso, levaremos em procissão a imagem de Cristo Crucificado e a Cruz será entronizada na catedral com o rito próprio” esclarece o sacerdote que deixa um convite especial às famílias.
O Ano Santo, designado de Jubileu da Esperança pelo Papa Francisco que o proclamou através da Bula Spes non confundit (A Esperança não engana), será uma oportunidade para reavivar a esperança cristã e “fazê-la transbordar” para o mundo, como salienta D. Armando Esteves Domingues na carta que escreve a abrir a publicação do Projeto Pastoral Diocesano 2024/2025.
“A esperança aprende-se, reza-se, celebra-se, fortalece-se e ensina-se. Que a oração seja a fornalha da esperança e esteja antes de qualquer iniciativa. Todos, sacerdotes, religiosos, leigos e leigas, sinta-se convocados para este especial ano de Graça” refere enumerando os vários desafios junto das famílias, dos mais vulneráveis- pobres doentes e presos- e dos jovens.
“Que ninguém fique à espera, mas venha construir a esperança coletiva”, exorta D. Armando Esteves Domingues.
Entre as várias iniciativas a desenvolver por movimentos- Equipas de Nossa Senhora celebram o 60º aniversário da chegada aos Açores e CNE o seu centenário-, serviços e ouvidorias, há um conjunto de atividades diocesanas que pretendem envolver “todos, todos, todos” neste “caminhar na esperança”, lema do Itinerário Pastoral Diocesano. A começar pelo ciclo celebrativo a “Esperança não Engana”.
A peregrinação jubilar constituirá o centro do Ano Santo e o lugar privilegiado para a indulgência. Sugere-se a realização de duas peregrinações- abertura e fecho do ano jubilar- às Igrejas jubilares da Diocese, nos dias 29 de dezembro de 2024 e 28 de dezembro de 2025. Deverá haver uma Eucaristia solene, segundo esquema partilhado, com as condições para alcançar a Indulgência prevista para esta ocasião.