Ano Santo inicia-se com a abertura das Igrejas Jubilares em cada uma das ilhas, com destaque para a Catedral onde o bispo presidirá à primeira peregrinação jubilar em Angra
No próximo dia 29 de dezembro o bispo de Angra presidirá à primeira Peregrinação Jubilar do Ano Santo da Esperança que decorrerá em Angra, entre a Igreja da Misericórdia e a Sé, que será uma das nove Igrejas Jubilares da Diocese e que, por ser a catedral diocesana, terá uma especial relevância.
O Ano Santo, designado de Jubileu da Esperança pelo Papa Francisco que o proclamou através da Bula Spes non confundit (A Esperança não engana), será uma oportunidade para reavivar a esperança cristã e “fazê-la transbordar” para o mundo, como salienta D. Armando Esteves Domingues na carta que escreve a abrir a publicação do Projeto Pastoral Diocesano 2024/2025.
“A esperança aprende-se, reza-se, celebra-se, fortalece-se e ensina-se. Que a oração seja a fornalha da esperança e esteja antes de qualquer iniciativa. Todos, sacerdotes, religiosos, leigos e leigas, sinta-se convocados para este especial ano de Graça” refere enumerando os vários desafios junto das famílias, dos mais vulneráveis- pobres doentes e presos- e dos jovens.
“Que ninguém fique à espera, mas venha construir a esperança coletiva”, exorta D. Armando Esteves Domingues.
Entre as várias iniciativas a desenvolver por movimentos- Equipas de Nossa Senhora celebram o 60º aniversário da chegada aos Açores e CNE o seu centenário-, serviços e ouvidorias, há um conjunto de atividades diocesanas que pretendem envolver “todos, todos, todos” neste “caminhar na esperança”, lema do Itinerário Pastoral Diocesano. A começar pelo ciclo celebrativo a “Esperança não Engana”.
A peregrinação jubilar constituirá o centro do Ano Santo e o lugar privilegiado para a indulgência. Sugere-se a realização de duas peregrinações- abertura e fecho do ano jubilar- às Igrejas jubilares da Diocese, nos dias 29 de dezembro de 2024 e 28 de dezembro de 2025. Deverá haver uma Eucaristia solene, segundo esquema partilhado, com as condições para alcançar a Indulgência prevista para esta ocasião.
Haverá ainda outras peregrinações, especialmente dirigidas a agentes pastorais dos diversos setores da vida das comunidades cristãs, cuja organização fica a cargo dos serviços diocesanos e movimentos, a preparar em comunhão com os ouvidores, sem prejuízo da realização de peregrinações jubilares de iniciativa pessoal, familiar, paroquial ou de qualquer outro grupo.
A diocese apresenta a proposta de celebração diocesana de vários jubileus, a realizar em cada ouvidoria, e da iniciativa das comunidades dessa ouvidoria.
O primeiro deles é o Jubileu da Palavra, a celebrar no Domingo da Palavra, a 26 de janeiro de 2025 e destinado preferencialmente aos Leitores, Movimentos bíblicos e de oração.
Há datas na vida da igreja diocesana que são indicativas mas na maior parte dos Jubileus, cada ouvidoria poderá celebrá-lo de acordo com a sua conveniência, no mês referenciado. É o caso do Jubileu dos Catequistas, em fevereiro e que é destinado preferencialmente aos catequistas e movimentos implicados diretamente na evangelização, e que já tem duas datas diferentes na ilha Terceira e na de São Miguel.
Sugere-se ainda o Jubileu dos Doentes e Ministros Extraordinários da Comunhão, o Jubileu da Misericórdia , o Jubileu da Família, o Jubileu das Equipas de Nossa Senhora, o Jubileu dos Sacerdotes, o Jubileu dos Acólitos, o Jubileu dos Jovens , o Jubileu do CNE, o Jubileu das Missões e o Jubileu da Música, como pode ser consultado no Projeto Pastoral Diocesano.
Estes jubileus devem ser precedidos da realização de uma preparação adequada (Ex. Tríduo, Catequese, Formação, Vigília ou outro), envolvendo serviços, movimentos e obras de apostolado, seguindo a temática do Jubileu.
Além dos jubileus está ainda prevista a série “Diálogos no Tempo”, que se realizarão entre janeiro e dezembro, aproveitando as invocações da Igreja em cada mês e proporcionando reflexões sobre variados temas desde a paz, à saúde, passando pela família, pela santidade, oração, religiosidade popular entre outros.
Além do aprofundamento da esperança cristã expressa nessas realidades concretas da vida, há nestes “Diálogos no Tempo” uma oportunidade formativa, que se alarga a toda a diocese noutros momentos através da discussão e reflexão de alguns dos sinais do Jubileu, como a peregrinação, o sacramento da reconciliação e a indulgência, que é tida neste contexto jubilar como uma experiência da misericórdia de Deus.
De destacar entre os eventos programados em toda a diocese, o ciclo do órgão, a realizar nas ouvidorias de Ponta Delgada, Horta e Angra nos tempos Comum, Páscoa e Natal, respetivamente, bem como a Via Lucis junto ao Convento da Esperança em Ponta Delgada, a ter lugar em maio.
Em cada Igreja Jubilar da diocese de Angra será disponibilizado um pequeno folheto com uma mensagem do Bispo diocesano, seguida de uma reflexão breve sobre o Jubileu e os seus sinais concretos- Peregrinação, Reconciliação, Oração, Liturgia, Profissão de Fé e Indulgência- bem como esquemas e propostas celebrativas concretas, de forma a que cada um possa celebrar o Jubileu apoiando-se em pequenos contributos para uma oração mais orientada.