Padre Norberto Brum é o novo presidente da Direção da Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel

Obra diocesana tem atualmente três  valências. Sacerdote substitui o padre Fernando Teixeira, responsável pela Obra há duas décadas (Notícia atualizada às 16h00)

 

O padre Norberto Brum acaba de ser nomeado pelo bispo de Angra Presidente da Direção da Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel.

A Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel é uma instituição diocesana, sem fins lucrativos que tem por finalidade acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens privados do seu meio familiar”, distribuídas por três valências num total de 36 crianças, como se pode ler na sua página online.

Numa carta dirigida à instituição e partilhada com o Sítio Igreja Açores, o sacerdote lembra que esta nova tarefa é “uma grande e nobre missão de servir  Jesus através daqueles que são confiados aos cuidados e à familiaridade da nossa querida `Casa do gaiato´”.

“Queridas meninas e meninos, queridos adolescentes, queridos jovens! Quero dizer-vos que estou muito feliz e alegre em poder, de uma forma mais direta e concreta, estar ao vosso serviço e dedicar-me a todos e a cada um de vocês: quero ser vosso amigo, crescer e aprender com cada um de vocês, valorizar o que cada um é e tem para, juntos, fazermos com que a nossa Casa seja uma casa de gente feliz, alegre e saudável, que cada um sinta que esta casa é sua e, juntos, somos uma grande família, cheia de irmãs e irmãos que se amam, crescem juntos e se ajudam mutuamente” refere o padre Norberto Brum.

“Vamos conhecer-nos melhor e, tenho a certeza, que seremos bons e grandes amigos. Cada um de vós é tão nosso, querido e importante, e todos valem pelo que são. Contem comigo! Sempre! Ouviram bem? Sempre!”, enfatiza

A Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel “é tão nossa e tão querida” avança ainda sublinhando que se trata de uma instituição “de referência” e, que por isso, continuará o trabalho já desenvolvido para que todos “se sintam verdadeiramente acolhidos, aceites, amados e desejados, desenvolvendo cada vez mais uma cultura de verdadeira empatia entre todos, quer os que servem na Instituição, entre os nossos rapazes e, sobretudo entre a Casa do Gaiato, a Igreja e a Sociedade”.

“A Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel é de todos, para todos e conta com todos. Usando as palavras do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, a Casa do Gaiato de São Miguel, é “Todos, todos, todos”! Só assim fará verdadeiro sentido” refere.

A Casa do Gaiato de São Miguel, nos Açores, foi criada pelo Padre Américo, a pedido do Engenheiro Pedro Cymbron, Presidente da Junta Geral de Ponta Delgada. Surgiu em 1951, nas instalações da antiga estação agrária, em São Gonçalo, sendo dirigida pelo Padre Elias.

Com o aumento do número de crianças acolhidas, são inauguradas, a 2 de abril de 1956, as novas instalações da Casa do Gaiato, na vila das Capelas, concelho de Ponta Delgada, pelo Padre Américo, naquela que foi a sua terceira e última viagem a São Miguel. A instituição fica então a cargo do Padre Elias, com o apoio do Padre Raul. No ano de 1974, com o falecimento do Padre Elias, a instituição passa a ser gerida pelo Padre Raul, até outubro de 2002. Nesta data, assume temporariamente o cargo o Padre José Maria, sendo, em fevereiro de 2003, nomeado um diretor executivo, licenciado em Psicologia Social. Pela mão deste diretor, o primeiro leigo a assumir a gestão da instituição, surge uma equipa técnica, na altura constituída por uma licenciada em Ciências da Educação e por quatro Ajudantes de Lar, que asseguravam o seu funcionamento 24 horas por dia, tendo como presidente da Fundação o padre Fernando Teixeira, à altura pároco de São Roque, ouvidoria de Ponta Delgada.

“Ao Padre Fernando Teixeira, até agora Presidente da Direção desta Fundação e que durante duas décadas deu e deu-se de corpo e alma à causa dos `Gaiatos´, não só um profundo e sentido obrigado mas o reconhecimento público por todo o bem feito, pela entrega e dedicação e, sobretudo pelo imenso amor, ternura, acolhimento e carinho,  com que sempre se relacionou, tratou e trata cada uma das crianças, adolescentes e jovens da nossa “Casa do Gaiato”. Obrigado, Padre Fernando! Muito obrigado!”.

” A Casa do Gaiato será sempre a sua casa e terá sempre as suas portas e os seus braços abertos para o receber! Para sempre será o nosso “gaiato mais velho”!”

A partir de agosto de 2011, a Casa do Gaiato de São Miguel, até então sedeada na vila de Capelas, muda-se para duas novas moradias, na freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada. Atualmente  é constituída por três valências sedeadas na mesma cidade com capacidade para acolher 36 crianças e jovens em situação de perigo, com base na aplicação de medida de promoção e proteção e com idades compreendidas entre os 03 e os 25 anos.

“O principal objetivo da Casa do Gaiato de São Miguel é o de receber, apoiar e garantir os direitos, e satisfazer as necessidades das crianças/jovens, nomeadamente no que concerne à sua proteção e promoção ao nível da afetividade, da participação ativa e cidadania, da autonomia, do acesso à educação e cultura, do direito à informação e confidencialidade e da integração em diferentes contextos” lê-se ainda na página on-line da instituição.

Na mensagem dirigida à instituição, o Padre Norberto agradece o trabalho de “todos os que exercem funções e servem a nossa Casa do Gaiato, seja em que função for, pois todos são importantes e necessários, uma palavra de saudação, apreço e agradecimento por tanta e tão boa dedicação. Conto com todos para juntos, e com a nova Direção que a seu tenho será nomeada pelo Bispo Diocesano e tomará posse das suas funções, prosseguirmos a missão que a todos e a cada é confiada!”.

O sacerdote faz ainda uma referência agradecida a todos os “amigos e beneméritos” da Casa do Gaiato.

“Esta Obra e esta missão é de todos e conta com todos”.

A primeira Casa do Gaiato a ser fundada foi a de Miranda do Corvo, a 7 de janeiro de 1940 pelo padre Américo Monteiro de Aguiar, conhecido por Pai Américo para as crianças e jovens acolhidos e por Padre Américo no exterior, com o objetivo de promover a assistência a crianças desfavorecidas. Em 1943 surge a Aldeia para Rapazes, em Paço de Sousa, que albergava 300 crianças e jovens do sexo masculino, e era constituída por quartos, capela, oficinas, escola, cozinha, campos de jogos e um campo para produção agrícola. Em 1947, seria a vez da Casa do Gaiato de Tojal, a 20 Km de Lisboa e, posteriormente, as casas de Beire (Paredes) e a de Setúbal, constituindo essas os centros da «Obra de Rua».

No ano de 1965, a Casa do Gaiato chega a África onde são fundadas as casas de Malange e de Benguela. Dois anos mais tarde, surge a Casa do Gaiato de Lourenço Marques, em Moçambique.

A nomeação do sacerdote, que é pároco da mais nova paróquia dos Açores- Nossa Senhora de Fátima, em Ponta Delgada-, é assistente dos Bombeiros de Ponta delgada e um dos quatro assistentes da recém criada equipa do Serviço Diocesano à Juventude.

(Notícia atualizada às 16h00)

 

 

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