Paróquia de Senhora de Fátima celebrou a última Aparição da Cova da Iria com uma vigília e procissão

“Caminhamos com Maria, Mãe de Jesus…Mãe do Lajedo”

Foto: Igreja Açores/Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo, em Ponta Delgada, celebrou esta noite uma vigília, em que se rezou o terço, seguida de procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima recordando a sexta e última Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, na Cova da Iria.

“Caminhamos com Maria, Mãe de Jesus” pode ler-se na rede social da paróquia, a única na diocese que tem como principal orago a Virgem de Fátima, unindo-se assim à Cova da Iria onde o cardeal brasileiro de Manaus, D. Leonardo Steiner, preside às celebrações, pedindo reiteradamente a paz.

“Eu vim a esta peregrinação e vieram no meu coração as comunidades da Amazónia, os povos indígenas, as comunidades ribeirinhas. Vieram os que sofrem com a falta de chuva, com a seca dos igarapés e a falta dos rios que antes eram caudalosos, e a falta de água. Coloco aos pés da Virgem a nossa Casa Comum, sempre mais destruída”, afirmou o cardeal Leonardo Steiner que participa por estes dias na 2ª Sessão da XVI Assembleia do Sínodo, em Roma e que se deslocou propositadamente a Portugal para esta celebração.

Na mensagem que dirigiu aos peregrinos presentes no recinto do Santuário de Fátima, após a Procissão das Velas, o cardeal brasileiro disse que a “multidão” presente no recinto forma “uma grande família” a celebrar “o cuidado de Deus” para com cada pessoa “em Nossa Senhora de Fátima”.

“Aqui nos apresentamos com nossas fragilidades do corpo e do espírito. Aqui estamos com os famintos, cegos, mudos, coxos, os de espírito mudo, como no tempo de Jesus”, afirmou.

“Aqui estamos com os andantes e desandantes das ruas e caminhos, os das esquinas da vida, para manifestar nosso desejo de participar do banquete da vida e da esperança”.

O arcebispo de Manaus desejou que todos possam “voltar para a quotidianidade da vida familiar e das comunidades de fé, fortalecidos e vivificados”, após a presença em Fátima.

“Aqui estamos agradecidos e suplicantes. Agradecidos pela graça de termos sido encontrados e atraídos pelo Pai do céu. Suplicantes porque necessitados, fragilizados, mas não despidos, não nus, porque estamos sob o manto da Mãe de Jesus e nossa. Nela todos nós esperançados. Por isso, confortados e agradecidos”, referiu.

Hoje, dia 13 de outubro, celebra-se a sexta e última Aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, os santos Francisco e Jacinta Marto e à Venerável Lúcia de Jesus.

Uma multidão, calculada entre 50.000 e 70.000 pessoas, acompanha os três Pastorinhos a 13 de outubro de 1917, dia em que a Virgem se dá a conhecer como “a Senhora do Rosário” e anuncia para breve o fim da guerra (1914-1918).

No final, quando se elevava no céu, relata Lúcia uma dos três videntes de Fátima, cumpre-se a promessa feita no mês anterior: ao lado do sol, surgem S. José com o Menino Jesus, a abençoar o mundo, e Nossa Senhora, vestida de branco e com um manto azul. Desvanecida esta aparição, surgem Nosso Senhor, novamente com um gesto de bênção, e Nossa Senhora das Dores e, depois, Nossa Senhora do Carmo.

Outra promessa cumprida foi a da realização de um milagre, que ficou conhecido por Milagre do Sol, presenciado pelos milhares de pessoas que acorreram ao local.

Nesse dia, depois de uma chuva torrencial, o sol irrompeu no firmamento, girando no céu, em movimentos de ziguezague, com luzes multicolores. Os relatos da época referem várias curas milagrosas entre os presentes.

Nesta última aparição aos três videntes, Nossa Senhora manifesta o desejo de que seja construída naquele lugar uma capela em sua honra, assumindo-se como a Senhora do Rosário.

Esta Aparição foi igualmente celebrada noutras paróquias da diocese de Angra.

(Com Ecclesia)

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