A Igreja celebra este domingo o Dia Mundial do Migrante e Refugiado
São os migrantes que na ilha das Flores começam a contrabalançar os fenómenos de desertificação e envelhecimento da população, acrescentando algum dinamismo à vida local. Atualmente residem 207 estrangeiros na ilha que conta com 3249 habitantes, segundo o último censos, de 2021.
A proveniência é diversificada e abrange os cinco continentes. No total estima-se que sejam 27 nacionalidades diferentes, com particular destaque para os que vêm da Alemanha, França, Bélgica, Estados Unidos da América e Brasil. Os mais jovens destas famílias imigrantes- Israel, Finlândia, Alemanha, França, Ucrânia, China e Brasil- frequentam as aulas de EMRC , embora nem todos professem a religião católica. Há entre os alunos jovens ortodoxos, protestantes e judeus.
Muitos fixaram-se nas Flores por causa de trabalho; outros optaram por viver na ilha , numa etapa final da sua vida. Ainda na sexta-feira faleceu uma alemã, bastante conhecida no concelho das Lajes, onde este fenómeno migratório é mais visível.
Este domingo, em que a Igreja assinala e celebra o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o bispo de Angra prossegue a sua Visita Pastoral à ilhas Flores.
O Papa defende na sua mensagem para o 110.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que se celebra este domingo, que Deus se identifica com as pessoas que fogem da sua terra, convidando as comunidades católicas ao seu acolhimento.
“Deus caminha não só com o seu povo, mas também no seu povo, dado que se identifica com os homens e as mulheres que caminham na história – particularmente com os últimos, os pobres, os marginalizados –, prolongando de certo modo o mistério da Encarnação”, escreve Francisco.
A jornada de 2024 tem como tema ‘Deus caminha com o seu povo’ e celebra-se a 29 de setembro, o domingo que precede o início da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (02-27 de outubro de 2024).
“A ênfase posta na sua dimensão sinodal permite à Igreja descobrir a sua natureza itinerante de povo de Deus em caminho na história, peregrinante – poderíamos dizer ‘migrante’ – rumo ao Reino dos Céus”, assinala o Papa, ligando as duas celebrações.
A mensagem apresenta os migrantes da atualidade como “uma imagem viva do povo de Deus em caminho rumo à Pátria eterna”.